Fabricado por 347 robôs, SUV Tera transforma fábrica da Volks em modelo

Desenvolvido no Brasil para o mundo, o SUV Tera marca uma nova fase para a Volkswagen. Produzido na fábrica de Taubaté (SP), o modelo chega com a promessa de liderança entre os SUVs de entrada e já movimenta uma rede com mais de 240 fornecedores, gera milhares de empregos e transforma a estrutura da planta com alta tecnologia e energia limpa. Mais de 300 robôs são utilizados na planta localizada no interior paulista.

"A expectativa é a melhor possível com a chegada do Tera, que será o principal lançamento da Volkswagen na América do Sul neste semestre. Ele inaugura um segmento inédito para a marca e já nasce com força para ser um modelo internacional", diz Roger Corassa, vice-presidente de Vendas & Marketing da Volkswagen do Brasil, ao Economia Real.

Com mais de 80% das peças fabricadas por empresas nacionais, o Tera representará 12% das compras de componentes da montadora no país em 2025 — um total de R$ 3,23 bilhões.

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Só na unidade de Taubaté, foram criadas 260 novas vagas, 40% ocupadas por mulheres. Na cadeia produtiva, estima-se a geração de até 2,6 mil empregos indiretos. A fábrica, que opera há quase 50 anos e já produziu clássicos como o Gol, passou por uma das maiores transformações de sua história para receber o novo SUV.

Parte dos R$ 16 bilhões anunciados pela Volkswagen até 2028 foi destinada à modernização da planta, que ganhou 347 robôs, novas ferramentas de soldagem e medição, além de uma linha de pintura adaptada ao acabamento Bi-tone (teto preto).

A unidade também se tornou pioneira no uso de biometano como matriz energética no processo de pintura automotiva. Derivado de resíduos orgânicos, o combustível pode reduzir em até 99% as emissões de CO₂ na linha de produção, reforçando a estratégia de sustentabilidade da marca.

DIVULGAÇÃO/VOLKSWAGEN

Fábrica da Volkswagen em Taubaté (SP)

Bastidores (e estratégia) do carro

O Tera foi construído sobre a plataforma MQB-A0, a mesma utilizada em modelos como Polo, Virtus, Nivus e T-Cross. A base permite padronização da montagem, redução de custos e ganho de escala em modelos de diferentes segmentos.

"A MQB viabiliza sinergias entre diferentes segmentos, com alto padrão de segurança e menor peso estrutural. Isso melhora o consumo, a dirigibilidade e a produtividade", explica Antonio Carnielli, diretor de Desenvolvimento Técnico do Produto da Volkswagen do Brasil.

A estrutura do Tera usa aços de alta resistência e tecnologias aplicadas em modelos globais, o que garante competitividade e padronização internacional", ressalta o executivo.

Com a nova estrutura, a capacidade produtiva da fábrica de Taubaté aumentou 51%, e a movimentação logística chega a 345 caminhões por dia. O modelo também reforçará a estratégia de exportação da montadora, com destino a mais de 25 países da América Latina e da África.

O Tera inaugura uma nova faixa de preço na linha de SUVs da Volkswagen no Brasil, com valor estimado entre R$ 110 mil e R$ 140 mil. A montadora aposta na força do modelo para atrair novos consumidores e consolidar sua liderança em um dos segmentos mais disputados do país.

"O Tera é lindo, moderno e conectado. Já desperta forte interesse da mídia e dos consumidores. É uma grande aposta da Volkswagen para reforçar nosso protagonismo entre os SUVs", projeta Corassa.