RODRIGO BOURSCHEIT
DIVULGAÇÃO/ENERGY+
Rodrigo Bourscheit, CEO da Energy+; empresa mira R$ 150 milhões de faturamento em 2025
Publicado em 18/6/2025 - 6h00
No interior do Paraná, o empreendedor Rodrigo Bourscheit deu os primeiros passos no mercado de energia ao instalar painéis solares nas obras de sua construtora. O que inicialmente era apenas um diferencial nas entregas virou seu principal negócio e originou a Energy+, franquia de energia solar que pretende encerrar 2025 com um faturamento de R$ 150 milhões.
"Ao invés de entrarmos no mercado tradicional de distribuição, optamos por transferir nosso know-how e toda a nossa tecnologia para os franqueados. Eles cuidam da venda e da instalação, enquanto nós fornecemos o projeto, os equipamentos e o suporte técnico", explica Bourscheit, fundador e CEO da Energy+, em entrevista ao Economia Real.
A decisão de escalar por meio de franquias de energia renovável foi um dos grandes diferenciais da Energy+, que hoje figura entre as 50 maiores empresas do setor no país.
O investimento inicial para abrir uma unidade gira em torno de R$ 180 mil a R$ 200 mil, com os custos da montagem de uma loja física com até 180 metros quadrados. O modelo não exige estoque próprio nem royalties mensais elevados. Segundo o CEO, há franqueados que recuperaram o investimento logo após a inauguração.
Atualmente, a rede soma 31 franquias entre operacionais e em implantação, com meta de chegar a 75 unidades negociadas até o fim de 2025, sendo pelo menos 45 já em operação. A média de faturamento por franquia gira entre R$ 500 mil e R$ 600 mil por mês, e algumas unidades já ultrapassam a marca de R$ 2 milhões mensais.
Além da instalação de painéis solares fotovoltaicos, a Energy+ ampliou o portfólio para outras soluções sustentáveis. Entre os produtos estão:
A franquia Energy+ não vende só hardware. Oferecemos um pacote completo: CRM com precificação automática, suporte de engenharia, logística, entrega na unidade do cliente e tecnologia para gestão de projetos", destaca Bourscheit.
Produtos como as baterias industriais, com tickets superiores a R$ 750 mil, e os pivôs de irrigação, com demanda crescente na agricultura, são hoje grandes impulsionadores de receita para a rede.
"Hoje, o franqueado tem cinco linhas principais de receita. Alguns produtos, como as baterias, têm instalação feita pela nossa equipe, mas a venda e a comissão ficam com o franqueado", completa o CEO.
Enquanto boa parte do setor de energia solar no Brasil sofreu retração com a queda de mais de 60% nos preços dos módulos solares, a Energy+ manteve crescimento acima de 200% ao ano. "O segredo tem sido justamente o nosso modelo de franquias aliado a uma visão de futuro para o setor energético", afirma Bourscheit.
Em 2025, a empresa já acumula um crescimento de 279% nas receitas, mesmo diante das turbulências do mercado. O CEO reforça que o avanço da mobilidade elétrica, da inteligência artificial e da mineração de criptomoedas deve elevar ainda mais a demanda por energia nos próximos anos.
Neste cenário, a companhia aposta na transição energética como seu principal motor de crescimento. Um dos focos é a expansão da instalação de baterias de armazenamento de energia, solução que traz mais autonomia ao consumidor e ajuda a equilibrar a oferta de fontes renováveis, como solar e eólica.
"A tecnologia de baterias vai mudar o sistema de distribuição de energia no Brasil. Estamos preparados para ser protagonistas dessa transformação", diz Bourscheit.
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