LEIS DO DINHEIRO

Crise de 2008 inspira livro sobre dinheiro, propósito e transformação

MONTAGEM/ECONOMIA REAL

Imagem do economista Pushkar Anand sobre cédulas de dólar

Manifeste Sua Riqueza Infinita, de Pushkar Anand, guia leitor que busca sucesso financeiro

Publicado em 26/4/2025 - 8h40

Uma das principais tragédias do mercado financeiro global, a Crise de 2008, foi o ponto de virada na vida do economista Pushkar Anand. O até então bancário indiano decidiu abandonar o país natal, mudar com a família para a Inglaterra e entender como a relação das pessoas com o dinheiro proporciona uma riqueza infinita que vai muito além do saldo bancário.

"Todo ser humano quer mais da vida. O problema é que a maioria das pessoas não sabe o que é esse 'mais' e, aqueles que sabem, não têm a mínima ideia de como melhorar", afirma o economista em entrevista exclusiva ao Economia Real.

Anand lança no Brasil o livro Manifeste sua Riqueza Infinita - Aprenda a Arte de Viver uma Vida de Abundância (R$ 74,21), pela editora Jefte Editora. A obra está disponível em mais de 50 países e é fruto da pesquisa realizada pelo economista na Universidade de Cambridge e na London School of Economics, ambas na Inglaterra.

Para o escritor, as pessoas podem alcançar sua melhor versão ao alinharem quatro pilares: harmonia espiritual, abundância, prosperidade e percepção do próprio potencial. "Quando essas quatro coisas acontecem, você está verdadeiramente desperto", diz ele.

Nessa jornada, o autor abriu o Centro para Riqueza Infinita e escreveu a obra, na qual elenca o que chama de As Seis Leis do Dinheiro. São elas:

  1. Desaprenda o que aprendeu historicamente sobre sua relação com dinheiro;
  2. Defina o quanto de dinheiro em seu nome garantiria que você não precisasse mais se preocupar com dinheiro;
  3. Nada é grande ou pequeno por si só, você é quem decide;
  4. Há uma diferença entre as pessoas com mais dinheiro do que precisam e você. É possível contornar isso com o estudo e disciplina certos;
  5. O dinheiro em si não vale nada, mas seu valor é dado pelo que representa;
  6. As regras do recebimento de dinheiro

Nesta entrevista, o economista conta as principais ideias do livro e apresenta detalhes da sua própria trajetória. Confira:

ECONOMIA REAL — Para escrever o livro, você dedicou 15 anos à pesquisa e também fundou o Centro de Riqueza Infinita. Como foi essa jornada e qual é o principal objetivo dessa empresa?

PUSHKAR ANAND — O Centro é uma extensão do meu propósito: elevar a humanidade. Eu faço isso empoderando todos que atingimos e ajudando-os a se tornarem quem desejam ser.

Quando fazemos isso, estamos despertando as pessoas para viverem sua melhor vida, uma versão que talvez nem soubessem que eram capazes de viver. E a premissa disso é que todo ser humano é infinitamente rico. Essa é a premissa do livro.

O Centro tem um objetivo educacional ou voltado para ferramentas de autoconhecimento já disponíveis na internet?

É educação — é o tipo de educação que escolas e universidades em todo o mundo não oferecem. É uma combinação de conteúdo gratuito e programas pagos.

É um centro porque o aluno vem até ele para crescer, cresce quando estuda e estuda quando tem acesso ao material. Isso se chama educação.

Na obra, quando as leis do dinheiro são apresentadas, o leitor encontra alguns exercícios. Desde o início, você planejava inserir essas interações para o público?

Uma coisa que deixei bem clara ao longo do processo é que um livro como este precisa ter exercícios, especialmente para os conceitos básicos.

Porque uma coisa é ler um conceito; quando você começa a fazer os exercícios, é que os entende, absorve seu conhecimento e vai para o próximo nível. As Seis Leis do Dinheiro não são algo que eu criei em uma manhã. Durante os anos que trabalhei, estudei e pesquisei, elas vieram até mim uma por uma.

Considerando os conceitos abordados no livro, podemos dizer que a ideia central da obra é não pensar no "como" e focar no objetivo final?

Eu não diria que é o cerne, mas as ideias se relacionam. Vamos dividir assim: torne-se a pessoa que sempre quis ser fazendo aquelas quatro coisas que, na prática, se traduzem em viver seu propósito.

Quando viver seu propósito, você não corre atrás do dinheiro, é ele quem vem até você. O dinheiro também vem quando se dominam as leis. Então, parte de viver o seu propósito é não se preocupar com o "como" e apenas fazê-lo.

É simplesmente se tornar o seu propósito. Todos os conceitos se interligam e se unem, mas, em uma palavra simples, o tema central é não se preocupar com o "como", mas apenas seguir em frente com o seu propósito.

A Crise de 2008 foi o ponto de partida dessa jornada. Depois de tantos anos de pesquisa, da criação do Centro e da produção do livro, como você enxerga o mercado financeiro?

Encaro como um fato que é absolutamente necessário saber o que são os mercados financeiros. A pergunta que precisamos nos fazer é: quero dedicar minha vida a atuar nos mercados financeiros ou a um aspecto mais amplo? E essa é uma decisão que cada um precisa tomar.

O livro está presente em diversos países e chega a pessoas com diferentes realidades. Você diria que o material é capaz de atingir leitores em diferentes contextos? Por exemplo, desde um leitor que trabalha no mercado financeiro até aquele que tem seu próprio negócio.

Não importa qual seja a sua posição na vida, o país em que vive ou com o que trabalha. Se você está 100% satisfeito com a vida e 100% feliz, então não leia o livro. Mas, para 99,99% da população, existe alguma infelicidade e alguma insatisfação na vida.

É por isso que você deve ler o livro, porque a infelicidade ou a insatisfação desaparecem quando você se torna a pessoa que sempre quis ser.

Se você já se tornou quem sempre quis ser, então não resta nada. Esse é o objetivo final de todo ser humano. A maioria das pessoas nem sabe que esse é o seu objetivo.

Você diria que, pessoalmente, ainda está nessa jornada ou acha que já a alcançou?

Acho que a jornada nunca acaba, mas penso que, de onde comecei até quem eu me tornei, já foi. Essa fase da jornada foi concluída. Mas existe outra em curso, porque preciso despertar 4 milhões de pessoas até meu aniversário de 50 anos, em outubro do ano que vem. Essa é a minha visão.

A visão é a forma física que sua missão assume, e missão é outra palavra para propósito. Depois dessa meta, queremos despertar 100 milhões até o aniversário do Grão-Mestre, em setembro de 2029. Quando atingirmos essas duas metas, aí estaremos preparados para falar sobre os próximos passos.

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