Como o 'banco dos influencers' já movimentou R$ 434 milhões

A Noodle, fintech voltada à economia criativa, viu sua base de clientes crescer 78% entre janeiro e julho de 2025 e já movimentou R$ 434 milhões em pagamentos aos influenciadores digitais desde a estreia, em fevereiro de 2024. A informação foi obtida com exclusividade pelo Giro das Startups e a expectativa é encerrar o ano com R$ 600 milhões processados e o dobro de criadores na base.

"Nascemos para resolver uma necessidade clara do mercado: dar agilidade e segurança financeira para creators, garantindo que recebam seus pagamentos de forma rápida e confiável, e ao mesmo tempo oferecendo às agências e marcas uma plataforma eficiente para gestão e automação financeira", diz Igor Bonatto, fundador e CEO da Noodle, ao Economia Real.

Com clientes como Brasilera, BR Mídia e Mynd, a startup conecta agências e marcas a mais de 11 mil influenciadores, ao oferecer gestão financeira, antecipação de recebíveis e automação de pagamentos — com tempo médio de sete minutos por operação, graças ao uso de inteligência artificial (IA). O foco agora é escalar sem perder eficiência.

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"Nosso grande desafio foi organizar a operação para crescer com solidez. Agora estamos preparados para transformar a creator economy no Brasil", complementa Carolina Rossettini, sócia e COO da Noodle.

Confira também, no Giro das Startups:

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Toninho Garcez (COO), Gabriel Manzano (CTO) e Fábio Garcez (CEO)

CV CRM compra Anapro e fortalece Starian no mercado imobiliário

A CV CRM, empresa do grupo Starian, adquiriu nesta semana a Anapro, plataforma SaaS especializada em marketing e vendas para o setor imobiliário. A solução pertencia ao Grupo OLX e agora será integrada ao Ecossistema Sienge, vertical da Starian que atende 74 das 100 maiores construtoras do Brasil.

"Vamos fortalecer a experiência dos nossos usuários e impulsionar a inovação no setor", afirma Fábio Garcez, CEO da CV CRM. Com a união, as soluções passam a atender mais de 1,5 mil clientes, o que consolida a liderança nacional em CRM para o mercado imobiliário.

Na semana passada, a Starian anunciou uma captação de R$ 640 milhões com a General Atlantic para avançar em M&As. Com o dinheiro em caixa, a nova aquisição reforça a estratégia do grupo catarinense de crescer por meio de aquisições e aprofundar sua atuação em verticais como construção civil, inteligência legal e eficiência operacional.

FILIPE LARA/DIVULGAÇÃO

Guilherme Enck lança livro sobre investimento em startups

Investidor por trás da Captable lança guia prático para apostar em startups

Guilherme Enck, cofundador da Captable e um dos principais nomes da Creator Economy financeira, lança em setembro o livro "Como Investir em Startups: Da Teoria à Prática" (Editora Gente). A obra promete preencher uma lacuna no mercado editorial ao apresentar uma metodologia acessível, prática e adaptada à realidade brasileira.

Com experiência em M&As e fundador de fintechs, Enck já ajudou a captar mais de R$ 100 milhões para 60 startups e educou mais de 7,5 mil investidores iniciantes. O livro traz conceitos como valuation, portfólio e a famosa "Lei de Potência", que explica por que uma aposta certa pode mudar tudo, além de histórias reais de sucessos e fracassos.

A pré-venda dá acesso ao desafio "Empreendedor em 21 dias", conduzido pelo próprio autor. Toda a renda com direitos autorais será revertida à Fundação Tênis, ONG que apoia jovens em situação de vulnerabilidade por meio do esporte e formação profissional.

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Cláudia Schulz, CEO da Abstartups

Estudo da Abstartups alerta: Brasil precisa de incentivos ao investimento anjo

O Brasil abriga o maior ecossistema de startups da América Latina, mas segue com um dos piores ambientes tributários para quem deseja investir em inovação. Segundo estudo da Abstartups, o país teve apenas 7,9 mil investidores-anjo em 2022, com aportes de R$ 984 milhões — menos de 1% do volume movimentado pelos EUA, que superou US$ 22 bilhões.

"O investidor-anjo brasileiro enfrenta não só o risco do mercado, mas também uma carga tributária alta e incertezas jurídicas", afirma Cláudia Schulz, CEO da entidade. Enquanto países como Reino Unido e Israel oferecem incentivos robustos, o Brasil não concede nenhum benefício tributário específico — e ainda tributa os ganhos como renda fixa, com alíquotas de até 22,5%.

A Abstartups propõe medidas como isenção de IR sobre ganhos, deduções na base de cálculo do imposto e a criação de um programa estruturado de estímulo, inspirado no modelo britânico EIS ou no israelense Yozma. "O Brasil tem talento e mercado. Falta criar um ambiente mais justo para quem aposta no futuro", conclui Cláudia.

O Giro das Startups é a curadoria semanal do Economia Real com as movimentações mais relevantes do ecossistema de inovação. Publicada aos sábados, a coluna traz rodadas de investimento, fusões e aquisições, lançamentos de produtos, movimentações de executivos, editais, tendências e bastidores do mundo das startups — tudo em notas curtas, diretas e sem economês. Quer divulgar uma novidade ou sugerir uma pauta? Envie um e-mail para nery@economiareal.com.br com GIRO DAS STARTUPS no título.