JANELA BAR
ILUSTRAÇÃO/ECONOMIA REAL
Gustavo de Paiva, Felipe Andrade e Pedro Smolka, sócios do Janela Bar, fundado em Curitiba
Publicado em 1/9/2025 - 8h30
O que era uma pequena janela em uma rua de Curitiba (PR) se transformou em uma operação que pretende faturar R$ 45 milhões em 2025: o Janela Bar. Criado por Pedro Smolka e um grupo de sócios, a franquia já conta com 28 unidades espalhadas pelo Brasil e reúne, em um ambiente democrático, bons drinks com preços acessíveis.
"O principal problema era o acesso. Queríamos quebrar essa lógica e trazer drinks criativos a preços justos, em um ambiente democrático", afirma Smolka, sócio-proprietário do Janela Bar, em entrevista ao Economia Real.
A ideia do negócio nasceu em 2017, a partir da inquietação do empresário em tornar a experiência mais acessível. O primeiro espaço foi literalmente uma janela voltada para a rua, de onde saíam drinks autorais preparados com insumos nacionais. Com uma operação enxuta e atendimento ágil, o modelo se mostrou escalável.
"O nome Janela veio dessa primeira estrutura física, e esse DNA urbano e próximo continua até hoje", explica. Mais do que um bar, o Janela se posiciona como um espaço de convivência para diferentes públicos. Com formatos pocket e premium, a rede adapta sua estrutura às cidades, mas mantém a essência.
Nosso maior diferencial é conseguir entregar experiência completa, sem complicar. A marca conversa com causas, valoriza diversidade, cria comunidade. É um bar onde as pessoas se sentem bem-vindas", diz.
O modelo mostrou força desde o início: em apenas um ano, a operação precisou de um espaço maior em Curitiba. Em 2019, foi reconhecido como um dos melhores lugares de coquetelaria da cidade.
Mesmo na pandemia, a rede se reinventou com delivery e sobreviveu ao fechamento do setor. E os números recentes confirmam a escalada: em apenas seis meses de 2025, o Janela já faturou R$ 19 milhões, um crescimento de 30%, e vendeu 735 mil itens. Pela primeira vez, os drinks superaram o chope em volume, o que reforça a mudança de hábito de consumo.
De acordo com o empreendedor, a pandemia foi o maior teste de resiliência. Quedas de até 70% no faturamento levaram os sócios a agir rápido, inovar em embalagens, marketing digital e conexão com o público à distância.
"Aprendemos que o básico bem feito gera consistência. Também entendemos que o Janela não é um investimento passivo: exige envolvimento e cultura de comunidade", reforça Smolka.
Com 28 unidades em operação e mais de 50 já comercializadas, a meta é superar 30 ainda em 2025. O plano de expansão nacional mira cidades como Brasília, Goiânia, Campo Grande, Rio de Janeiro e capitais do Nordeste. "Queremos consolidar o Janela como a principal rede de bares urbanos com identidade no Brasil e depois levar esse modelo para outros locais", projeta.
Mais do que crescer em faturamento, Smolka destaca o propósito que move o negócio: "O que me inspira é criar espaços que gerem conexões reais, representem diversidade, acolhimento e identidade. Um bar não é só um lugar para beber: é onde se constroem histórias, encontros e memórias".
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