VEJA COMO ECONOMIZAR
FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL
Carrinho de supermercado com compras; cesta básica ficou mais barata em 11 capitais do Brasil
Publicado em 16/7/2025 - 10h49
A cesta básica caiu em 11 capitais brasileiras, mas a diferença de preço entre os estados ultrapassa R$ 300, de acordo com informações divulgadas nesta quarta (16). Um levantamento realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostra que em Aracaju (SE), o valor médio é de R$ 557,28, enquanto em São Paulo (SP), a mesma cesta custa cerca de R$ 882,76.
"A composição da cesta básica varia de acordo com as regiões. Isso acontece porque os agrupamentos seguem critérios de consumo regional e comportamento cultural. Produtos como carne e leite, que encarecem a cesta, estão mais presentes em algumas capitais. É por isso que, historicamente, a cesta em Sergipe é mais barata", explicou Matheus Dias, economista do FGV IBRE, em entrevista ao Encontro com Patrícia Poeta.
Além das particularidades culturais, itens comuns no país também revelam contrastes expressivos no preço. Veja a seguir a comparação de valores feita pela atração matinal da Globo:
"O Brasil é enorme, e muitos alimentos têm polos produtivos concentrados. O arroz e o óleo de soja, por exemplo, vêm em grande parte do Sul, mais próximo de São Paulo do que de Sergipe. Essa distância encarece o produto. Já itens com produção mais pulverizada costumam ter preços menores", detalhou o economista.
"Às vezes, dentro do mesmo bairro já se nota uma diferença. Pesquisar em canais online também pode ajudar. O ponto é repensar o consumo: será que é necessário abrir mão do item? Talvez não. Basta ajustar as quantidades. É uma forma eficiente de lidar com o aumento de preços", orienta Dias.
Para contornar essas diferenças, muitas famílias parcelam as compras no cartão de crédito, principalmente no supermercado: "O cartão pode ajudar, mas exige controle financeiro. Se a fatura não for paga, os juros são altos. Uma compra de R$ 100 pode virar R$ 150 ou até R$ 200. O parcelamento deve ser usado com cautela, sem comprometer o orçamento familiar".
E qual a melhor estratégia: comprar tudo de uma vez ou aos poucos? Segundo o especialista, depende da perecibilidade do produto.
"Se o item não estraga e está com preço bom, pode valer a pena comprar em maior quantidade. Já frutas, verduras e alimentos frescos devem ser adquiridos conforme a necessidade", conclui.
Política de comentários
Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.