SUCESSÃO PAPAL

Conclave: Brasileiros são proibidos de apostar em novo papa; entenda

FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL

Missa em sufrágio do papa Francisco realizada em catedral no Rio de Janeiro

Missa em sufrágio do papa realizada em catedral no Rio de Janeiro; Conclave decidirá sucessor

Publicado em 25/4/2025 - 15h24

O processo de escolha do novo líder da Igreja Católica, após a morte do papa Francisco (1936-2025), movimenta tanto os fiéis quanto os usuários de casas de apostas. No exterior, bets já recebem palpites sobre quem será o novo papa. No entanto, no Brasil, essa prática é proibida por lei.

"A legislação brasileira define de forma taxativa os tipos de eventos que podem ser objeto de apostas, restringindo-se a duas categorias: eventos reais de temática esportiva e jogos virtuais com resultado aleatório", explica Thiago do Amaral, especialista em regulamentação de apostas e meios de pagamento.

A Lei nº 14.790/2023 também veda apostas em outros temas, como a premiação do Oscar, eleições e eventos reais. Assim, brasileiros não podem apostar — com fins financeiros — em questões como "qual será o sexo do próximo bebê da família real britânica?" ou "quando acontecerá o próximo eclipse solar?", de acordo com o especialista.

Mesmo que as apostas sobre o futuro do Vaticano ocorram em sites internacionais, a prática continua proibida para usuários no Brasil. "A atividade de apostas no país está sujeita à regulamentação local, e a oferta ou divulgação de apostas não autorizadas pode acarretar sanções administrativas e criminais", alerta Amaral.

Como funciona o Conclave

A eleição do novo papa é conduzida pela Igreja Católica em um processo sigiloso, sem participação do público e sem qualquer tipo de transmissão. A previsão é que o Conclave tenha início entre os dias 6 e 11 de maio, mas a data exata ainda não foi confirmada.

Ao todo, 252 cardeais de diferentes países participarão da cerimônia no Vaticano, mas apenas 135 têm direito a voto. A diferença ocorre porque, de acordo com as regras do Conclave, somente cardeais com menos de 80 anos podem votar no sucessor de Francisco.

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