BASTIDORES DO SLIME
REPRODUÇÃO/HISTORY
Publicado em 5/7/2025 - 0h00
Nos anos 1980, uma simples meleca verde virou o segredo por trás de uma batalha bilionária entre gigantes dos brinquedos. Mattel, Kenner e até as Tartarugas Ninjas disputaram o coração — e o bolso — das crianças usando uma gosma pegajosa como arma de marketing.
O slime nasceu como um experimento curioso da Mattel, que lançou a gosma verde como um brinquedo em si. Mas a empresa cometeu um erro estratégico: não conseguiu patentear a fórmula. Com isso, abriu caminho para que concorrentes copiassem a ideia — e foi exatamente o que aconteceu.
A Kenner, famosa pelos bonecos de Star Wars, viu no sucesso do filme "Os Caça-Fantasmas" uma oportunidade de ouro. Criou o "ectoplasma", uma versão roxo-rosada do slime original, ligada à narrativa sobrenatural dos caça-fantasmas. A diferença era mínima, mas o impacto foi enorme.
"A grande diferença entre o ectoplasma [da Kenner] e a meleca [da Mattel] era apenas a cor. Enquanto a meleca era verde, o ectoplasma era um roxo meio rosado", explica o gerente de licenciamento Andrew Lawrence ao programa Brinquedos que Mudaram o Mundo, do History -- confia o vídeo no início da reportagem.
A Mattel reagiu rápido. Incorporou o slime ao universo de He-Man, com o vilão Hordak despejando meleca sobre os brinquedos. Foi o início da era do "nojento divertido". Logo, outras marcas entraram na brincadeira. As Tartarugas Ninjas, relançadas com a "meleca mutante", explodiram nas vendas.
Em 1990, os bonecos estavam entre os mais vendidos do mundo, com milhões de unidades comercializadas. O slime deixou de ser só um brinquedo — virou uma linguagem visual, uma assinatura das marcas que queriam impactar os pequenos com algo ousado e diferente.
A "era do nojento" influenciou toda uma geração de brinquedos. De 1985 a 1995, produtos com gosma ou elementos repulsivos dominaram prateleiras. Hoje, o slime vive um revival digital, com vídeos no TikTok e YouTube somando bilhões de visualizações — mostrando que a estratégia ainda funciona, agora com outra geração.
A meleca dos anos 80 provou que, no marketing infantil, o inusitado pode ser uma mina de ouro. Com criatividade e uma boa história, até o que parece "nojento" pode virar desejo — e bilhões em faturamento.
Este artigo foi produzido com uso de inteligência artificial, mas sob a supervisão e responsabilidade de jornalista profissional.