ARARA SEED
DIVULGAÇÃO
Henrique Galvani, fundador e CEO do Arara Seed; plataforma une startups do agro aos investidores
Publicado em 7/9/2025 - 15h00
Nascido em Morro Agudo, no interior de São Paulo, Henrique Galvani cresceu rodeado pelo agronegócio, embora sua família não fosse de produtores rurais. A vivência prática no campo, aliada à experiência internacional nos Estados Unidos e à bagagem técnica em auditoria de ativos bilionários, o levaram a criar a Arara Seed, plataforma que conecta startups do agro, foodtechs e climate techs a investidores. Desde sua fundação, a empresa já movimentou mais de R$ 30 milhões em captações.
"Sempre acreditei que o Brasil é protagonista em agro e clima, e que só falta conectar capital a quem está inovando", afirma Galvani em entrevista ao Economia Real.
Assim, o paulista percebeu que, embora o Brasil seja líder em produção agrícola e biodiversidade, ainda faltava uma ponte entre quem inova e quem tem capital para investir. Por isso, ele criou a Arara Seed, com a proposta de selecionar startups com produtos validados, governança sólida e potencial de mercado.
O foco exclusivo em agro, foodtech e climate tech reflete a visão de que o país pode ser não apenas o celeiro do mundo, mas também protagonista na transição climática global.
Os números já mostram a força da plataforma. Mais de três mil investidores criaram conta na Arara Seed e, entre os casos de sucesso, estão a Veroo Cafés, que cresceu 200% após captação, e a Agroboard Tecnologia, que expandiu mais de 300% depois do aporte.
Esse é o tipo de impacto que nos move: transformar investimento em crescimento real no campo e no mercado, conta o fundador.
O caminho, no entanto, não foi simples. Construir credibilidade junto aos investidores foi um dos maiores obstáculos. "Quando a gente fala em investimento, o primeiro passo é confiança. No Brasil, a educação financeira ainda é um desafio, especialmente em ativos alternativos", relembra Galvani.
Para superar essa barreira, a iniciativa investe em transparência, governança e em compartilhar histórias de sucesso. A meta da plataforma é ousada: captar R$ 200 milhões até 2030. O plano passa por ampliar a base de investidores, estruturar operações em ativos reais e fortalecer o pipeline de startups.
"Com governança, parcerias estratégicas e educação do investidor, acreditamos que R$ 200 milhões é uma meta realista e transformadora", afirma o empreendedor.
Para Galvani, o futuro do setor está na interseção entre capital, tecnologia e sustentabilidade: "Sem capital não há escala, sem tecnologia não há eficiência, sem sustentabilidade não há futuro. O futuro do agro é regenerativo: usar tecnologia e capital para produzir mais, preservando e restaurando os recursos naturais".
Política de comentários
Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.