SEGUNDO ECONOMISTA
DIVULGAÇÃO/WIT INVEST
Marcello Carvalho, economista da WIT; especialista elenca fatores para investidor ficar atento
Publicado em 1/7/2025 - 6h30
O mês de junho foi marcado por volatilidade na Bolsa brasileira. Conflitos no Oriente Médio, instabilidade política interna e incertezas sobre a política fiscal deixaram os investidores em alerta. Segundo o economista Marcello Carvalho, da WIT Invest, o cenário deve ganhar novos contornos em julho — com menos ruído político, mais atenção aos balanços corporativos e possíveis mudanças nas taxas de juros no Brasil e no mundo.
"A guerra e as tarifas tomaram as capas dos jornais quase diariamente, e isso tirou espaço dos resultados das empresas. No fim, o mercado ficou praticamente estável", explica Carvalho. Em junho, o Ibovespa (índice que monitora as principais ações da Bolsa de Valores brasileira) subiu 1,33%, enquanto o dólar recuou 4,41%.
Entre os destaques, o setor de petróleo teve desempenho positivo, impulsionado pelo conflito entre Israel e Irã, enquanto o setor bancário caiu, pressionado pelas sucessivas quedas nas ações do Banco do Brasil.
O principal fator externo em junho foi a guerra entre Israel e Irã, com envolvimento dos Estados Unidos e temores sobre o avanço nuclear. "Aparentemente, foi acordado um cessar-fogo que deve evoluir para um acordo de paz. Isso pode aliviar a pressão nos mercados nas próximas semanas, desde que não haja novos avanços no programa nuclear iraniano", pontua o economista.
No Brasil, o destaque ficou por conta das idas e vindas no aumento de impostos, como o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), e da preocupação com a sustentabilidade fiscal.
A disputa política mostra que há pouco espaço para aumento de tributos e isso coloca em xeque a capacidade do governo de manter as contas em ordem. Aumenta também o risco de pedaladas fiscais", alerta Carvalho.
Com o recesso parlamentar, o cenário político deve ter menos influência direta sobre os mercados. A atenção se volta, então, para os resultados corporativos do segundo trimestre, que começam a ser divulgados na segunda quinzena do mês, e para o comportamento das commodities com a possível trégua no Oriente Médio.
Do lado dos juros, o Comitê de Política Monetária (Copom) volta a se reunir no final do mês e, de acordo com o economista, a expectativa é de manutenção da taxa básica de juros em 15% ao ano. "O Banco Central aguarda sinais mais claros de controle inflacionário e de responsabilidade fiscal antes de retomar os cortes", diz.
Com a possibilidade de paz entre Irã, Israel e EUA, o mercado internacional pode encontrar estabilidade. "Isso deve normalizar os preços das commodities. Mas qualquer sinal de retomada do programa nuclear iraniano pode trazer novas incertezas", alerta o economista.
Carvalho recomenda que julho seja um mês de revisão de estratégias. "Com a Selic elevada, muitos investidores têm concentrado recursos em ativos de curto prazo. Mas é fundamental manter o foco no longo prazo. Objetivos como aposentadoria, imóvel ou viagens exigem planejamento contínuo", orienta.
A dica é revisar prazos e alocações com apoio de um especialista: "A alta dos juros pode ser tentadora para o curto prazo, mas não se deve abrir mão de estratégias de longo prazo que garantam a realização de metas futuras".
Este artigo foi produzido com uso de inteligência artificial, mas sob a supervisão e responsabilidade de jornalista profissional.
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