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'Falta de homem' faz médicas e corretoras virarem sugar babies

LAZARUS ZIRIDIS/PEXELS

Casal em ensaio fotográfico

Casal em ensaio fotográfico; mulheres com alto poder aquisitivo tornaram-se sugar babies

Publicado em 1/6/2025 - 6h00

Engana-se quem pensa que apenas as mulheres "novinhas", com menos de 30 anos, são sugar babies. Dentro da plataforma MeuPatrocínio.com, pioneira em relacionamentos sugar no Brasil, cresce o número de mulheres independentes e com alto poder aquisitivo que buscam um sugar daddy para chamar de seu. O motivo? A dificuldade de encontrar homens que acompanhem seu ritmo financeiro e emocional.

"Dentro da plataforma, tem uma médica de 32 anos, com carreira consolidada, que me disse: 'Ganho entre R$ 20 mil a R$ 30 mil por mês. Onde vou encontrar um cara que esteja compatível comigo?'", detalha Caio Bittencourt, especialista em relacionamentos do MeuPatrocínio.com, em entrevista exclusiva ao Economia Real.

Segundo o especialista, a maioria das usuárias do site de relacionamento ainda está abaixo dos 30 anos. No entanto, o número de sugar babies maduras cresceu ao longo dos últimos anos e apresenta um novo perfil: elas não estão em busca de um sugar daddy apenas pelo status financeiro. Outro exemplo citado por Bittencourt é o de uma corretora de imóveis de luxo.

"Ela fatura entre R$ 300 mil e R$ 500 mil por mês. Onde vai encontrar homens com esse poder aquisitivo fora do app? Mesmo frequentando lugares sofisticados, o aplicativo conecta ela diretamente com pessoas que ganham tão bem quanto ela. Essa é a beleza do relacionamento sugar: alinhamento de expectativas e estilo de vida", diz.

"É uma questão de estar com uma pessoa madura emocionalmente e afetivamente. O luxo é o pano de fundo de um relacionamento sugar, mas não o foco", afirma. Essas mulheres dizem ter se decepcionado em outros aplicativos de relacionamento e, por isso, migraram para um site que une sugar daddies e sugar babies com interesses compatíveis.

Elas encontram homens novinhos sem perspectiva de vida e crescimento. Eles querem levar elas para comer um 'podrão' na esquina, dividindo a conta, e depois sexo. Elas querem ser tratadas como uma mulher de verdade, não como um objeto. Querem viajar, viver experiências, e acabam tendo que pagar para o parceiro delas. Elas cansaram disso", relata Bittencourt.

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Caio Bittencourt

Caio Bittencourt, especialista do MeuPatrocínio.com

"Essas mulheres não estão, necessariamente, em busca de um bilionário com casa em Mônaco. Muitas desejam alguém com quem possam fazer uma viagem a um resort ou aos Estados Unidos, por exemplo, e que esse parceiro tenha condições de dividir ou assumir os custos, em igualdade de condições ou até em vantagem", comenta.

Bittencourt, que conduz entrevistas frequentes com usuários da plataforma (mantidos em sigilo por questões profissionais), explica que essas mulheres acima dos 30 anos sofrem da chamada "síndrome da heroína": são responsáveis por tudo e por todos.

"Elas precisam ser mãe, trabalhar, cuidar da casa, pagar as contas. Elas querem alguém com quem possam dividir as responsabilidades ou, eventualmente, não ter certas responsabilidades, como bancar o lar", acredita.

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