ALIMENTAÇÃO ENCARECE

São Paulo ultrapassa Rio de Janeiro e tem cesta básica mais cara do país

DENNIS SIQUEIRA/UNSPLASH

Imagem de corredor de supermercado no Brasil

Imagem de supermercado no Brasil; SP ultrapassou RJ e tem cesta básica mais cara do país

Publicado em 18/4/2025 - 13h39

A alimentação está cada vez mais cara, sobretudo nas principais cidades do Brasil. Em março, os moradores de São Paulo (SP) gastaram, em média, R$ 978,53 para montar uma cesta básica — valor mais caro do país. No Rio de Janeiro (RJ), o valor desembolsado foi de R$ 975,03, enquanto em Salvador (BA), o investimento em alimentação foi de R$ 838,10.

Os dados são do monitoramento mensal realizado pela plataforma Cesta de Consumo Neogrid em parceria com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE). Segundo o levantamento, a capital fluminense ocupava o primeiro lugar no ranking desde outubro de 2024 e voltou a ser superada pela capital paulista no último mês.

Apesar da diferença de R$ 3,50, o valor da cesta carioca reduziu 4,4% em comparação com o mês anterior, enquanto em São Paulo (R$ 978,53) a queda foi de 1,7%.

Na análise geral, a cidade com maior redução mensal foi Manaus (AM), com 6,3%, seguida pelas capitais do Rio e de São Paulo. No acumulado dos últimos seis meses, a capital amazonense também se destaca com uma queda de 10%. Confira a lista na íntegra a seguir:

Cesta de Consumo Neogrid e FGV IBRE/Reprodução

Lista com dados dos preços da cesta básica

Salvador é terceira cidade com cesta básica mais cara (R$ 838,10)

Impacto nos itens da cesta

Entre os itens que compõem a cesta, o café em pó/grãos e os ovos ficaram mais caros em sete das oito capitais que integram a pesquisa. Brasília (DF) foi a cidade em que esses alimentos apresentaram o maior aumento, com variação de 4,6% e 7,5%, respectivamente.

Anna Carolina Veiga Fercher, coordenadora de atendimento ao cliente e dados estratégicos da Neogrid, explica que o aumento do preço dos ovos está relacionado a uma combinação de aumento da procura, efeitos do calor extremo na produção e encarecimento da ração.

"Além disso, os custos de produção subiram, puxados pelo aumento no preço do milho, principal ingrediente da ração das aves, forçando os produtores a repassar a diferença para o consumidor”, explica.

Entre os alimentos que tiveram queda nos preços, estão o arroz, óleo e manteiga, que tiveram redução em todas as capitais analisadas.

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