EXPERIÊNCIAS DE MILHÕES

Não é sorte, é feijão com arroz! A real estratégia por trás de bons produtos

KALEIDICO/UNSPLASH

Imagem de duas pessoas desenhando em quadro branco

Duas pessoas desenham em quadro branco; estratégia básica é a receita de bons produtos

MATHEUS CEBALLOS, MsC*

redacao@economiareal.com.br

Publicado em 17/4/2025 - 5h00

Existe uma ilusão recorrente no mundo dos negócios: a de que grandes produtos nascem de grandes ideias. De que o sucesso é resultado de sorte, momento certo e uma pitada de genialidade. Mas a verdade é mais simples e, talvez por isso mesmo, mais difícil de aceitar: produto bem feito não é sorte. É estratégia!

Só que essa estratégia não está em slides bonitos, frameworks (modelos) importados ou apresentações de palco. Ela começa no chão da fábrica, da operação e rotina, com processos bem executados e ferramentas básicas funcionando todos os dias. Como o bom e velho feijão com arroz. Um feijão com arroz tão bem feito que resolve problemas complexos com soluções óbvias.

Quando falamos de estratégia, falamos de observação de mercado, de constância nas rotinas, de entender como pequenas práticas diárias constroem resiliência para as mudanças inevitáveis. O jogo não é estar no lugar certo, na hora certa — isso qualquer um pode estar. O jogo é estar preparado quando a hora certa chegar.

Independentemente da sua posição dentro da empresa, saber as metas e resultados-chave do seu negócio, da sua área e do seu time é fundamental. Mesmo que esses objetivos sejam locais, eles precisam estar alinhados ao planejamento estratégico da empresa. Caso contrário, cada time corre para um lado, e o negócio patina no mesmo lugar.

O primeiro passo para construir um produto ou serviço de sucesso é simples: saiba para onde quer ir. Pergunte a si mesmo: Qual é o objetivo do meu negócio?

"Para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve", já dizia o Gato Cheshire para Alice, em Alice no País das Maravilhas (1865), de Lewis Carroll (1832–1898).

Mas não basta saber a direção. É preciso medir cada passo.

É aí que entram os KPIs (Key Performance Indicators – Indicadores-Chave de Performance). Eles contam a história do seu negócio em tempo real. Servem como bússola diária, semanal, anual. Porque só se controla o que se mede. E só se evolui o que se acompanha. Sem indicadores claros, seu produto ou serviço pode até estar se movendo... mas em círculos.

KPIs mostram onde você está. OKRs (Objectives and Key Results – Objetivos e Resultados-Chave) mostram para onde você vai. E processos bem executados constroem a ponte entre esses dois pontos.

Essa é a tríade que sustenta qualquer produto duradouro e escalável.

No fim das contas, o que separa um time comum de um time lendário não é talento, nem dinheiro, nem um nome bonito para marketing e propaganda. É a disciplina de fazer o básico tão bem feito que parece genial.

Feijão com arroz, bem temperado, alimenta exércitos. Nos negócios, pode muito bem sustentar impérios.

*As opiniões do colunista não refletem, necessariamente, o posicionamento do Economia Real.

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