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Mercado Livre vai vender remédio? Líder detalha estratégia pela 1ª vez

DIVULGAÇÃO/MERCADO LIVRE

Fernando Yunes, líder da operação brasileira do Mercado Livre, durante coletiva de imprensa

Fernando Yunes, líder da operação brasileira do Mercado Livre, durante coletiva de imprensa

Publicado em 24/9/2025 - 18h52

A compra de uma farmácia pelo Mercado Livre, no início do mês, movimentou o varejo farmacêutico brasileiro. Questionado pelo Economia Real, o líder da operação no país, Fernando Yunes, detalhou pela primeira vez a estratégia da companhia com a aquisição da drogaria.

"Existe associação criando boatos para prejudicar o Mercado Livre e proteger mercado. Não existe nenhuma negociação acontecendo com a Memed além da compra daquela farmácia para que a gente avance e entre no segmento que, no mundo todo, os marketplaces operam", disse Yunes durante a coletiva de imprensa do Mercado Livre Experience 2025, evento anual da companhia realizado nesta quarta-feira (24).

Segundo Yunes, a movimentação tem como objetivo abrir portas para que a companhia atenda mais empresas dentro do ecossistema. "Nos EUA, vários países da Europa, Argentina, México, Chile, Colômbia é permitido, enquanto no Brasil é proibido, não me pergunte por que, e a gente está trabalhando para ver como viabilizar a entrada para as várias farmácias que existem no Brasil poderem vender pelo Mercado Livre", afirmou.

“Na hora que o Meli cresce 30%, os sellers aqui estão crescendo 30%. A gente adoraria ter farmácias no Mercado Livre crescendo 30% também, o que existe é isso”, acrescentou.

No início do mês, a companhia confirmou a compra da Cuidamos Farma, drogaria localizada na zona sul de São Paulo. A transação foi feita por meio da subsidiária K2I Intermediação e envolveu a transferência do ponto físico, antes controlado pela Memed, healthtech especializada em prescrição digital. O negócio já foi submetido à análise do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

5,8 milhões de PMEs usaram o Mercado Livre em 2024

Durante o encontro com os jornalistas, a companhia também apresentou um estudo feito em parceria com a Euromonitor International. O levantamento revela que 5,8 milhões de negócios utilizaram o ecossistema em 2024, movimentando R$ 381 bilhões, o equivalente a 3,2% do PIB brasileiro.

Para 59% das PMEs da plataforma, as vendas no Mercado Livre representam a principal fonte de renda. No último ano, esses negócios geraram mais de 111 mil empregos, o que equivale a 20 novas vagas por hora em 2024.

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