ESTRATÉGIA DE CARREIRA

Cresceu e perdeu o time? O erro silencioso de muitas empresas

REPRODUÇÃO/FREEPIK

Computador aberto em cima da mesa com gráficos na tela

Computador aberto com gráficos na tela; ouvir a base fortalece cultura e evita perdas

Publicado em 8/8/2025 - 7h00

Crescer em um cenário de alta competitividade e transformações constantes exige mais do que processos, metas e indicadores de desempenho. Para Maria Sartori, diretora de mercado da Robert Half, o maior diferencial das empresas em expansão está na gestão de pessoas, com destaque para a escuta ativa, especialmente da base operacional.

"À medida que o negócio cresce, aumenta também a responsabilidade com quem faz a empresa acontecer. O crescimento precisa vir com maturidade de gestão, e isso passa por ouvir as pessoas de verdade", afirma Maria em entrevista ao Economia Real.

Ela explica que empresas que não desenvolvem uma cultura de escuta enfrentam rotatividade, queda de engajamento e perda de talentos por questões simples, que poderiam ser resolvidas com diálogo.

"Às vezes o colaborador tem uma sugestão que ninguém perguntou. Outras vezes, o problema está na liderança direta. Sem escuta, a empresa cresce para fora, mas adoece por dentro", reforça a especialista.

Na visão da profissional, fomentar um ambiente de escuta qualificada é um pilar estratégico para fortalecer o clima organizacional e melhorar a retenção de talentos.

"Quando as pessoas se sentem ouvidas, a motivação aumenta. E a produtividade acompanha. O contrário também é verdadeiro: empresas que ignoram os sinais internos tendem a perder força ao longo do tempo", diz.

Ela alerta que, em empresas de médio porte, um erro comum é manter práticas informais que funcionavam em times pequenos. "O que era suficiente com dez pessoas não funciona com cem. Processos precisam ser aprimorados e a cultura empresarial precisa ser revisitada", comenta.

Maria reforça que escutar não é apenas abrir canais de comunicação: "Ouvir não é só perguntar. É acolher, refletir e agir. O RH pode ser um facilitador, mas a mudança precisa ser puxada pela alta liderança".

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