BACKSTAGE

A engenheira e o economista que encontraram R$ 1,5 milhão no LinkedIn

DIVULGAÇÃO/BACKSTAGE

Juliano Marchesine e Andresa Bicudo, fundadores da Backstage

Juliano Marchesine e Andresa Bicudo, fundadores da Backstage; eles criam conteúdo no LinkedIn

Publicado em 9/7/2025 - 12h30

Ela é engenheira de computação. Ele, economista. Aos 23 e 26 anos, respectivamente, Andresa Bicudo e Juliano Marchesine decidiram transformar a expertise em negócios em conteúdo estratégico para empresários no LinkedIn. Assim, a dupla faturou R$ 1,5 milhão nos últimos dois anos ao construir a Backstage, assessoria especializada em posicionamento de executivos e marca pessoal na maior rede profissional do mundo.

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"Se grandes influenciadores conseguem gerar receita com suas audiências, por que executivos e empresários com autoridade e histórico não usam o mesmo princípio a favor dos negócios?", questiona Andresa durante entrevista ao Economia Real.

A empresa começou nos corredores do Insper, uma das principais faculdades de negócios do país, quando a dupla trabalhou junto com um professor que monetizava sua base de audiência por meio de conteúdo. "Foi ali que aprendemos a importância de estruturar processo e monetizar autoridade", destaca Marchesine.

"Uma pessoa me chamou para ajudar com conteúdo. O Juliano já estava olhando para esse mercado também. Almoçamos algumas vezes, fomos testando, até que a gente entendeu que ali havia um negócio de verdade", complementa a engenheira.

A empresa não demorou a crescer. De 2023 a 2024, dobrou de tamanho e faturou cerca de R$ 1,5 milhão. A projeção para 2025 é dobrar novamente e atingir R$ 3 milhões em faturamento com serviços de marketing no LinkedIn.

A gente cresceu muito com serviço, mas não sem método. Desde o começo, a ideia era transformar esse modelo em algo replicável. Senão, seria só um freela com nome bonito", diz a sócia-fundadora.

A Backstage opera com squads e metodologia ágil inspirada no Scrum, o que prioriza processos que asseguram qualidade e personalização em escala — algo relativamente comum no mercado corporativo, mas que passa bem longe das faculdades e da experiência profissional no mercado da comunicação.

"A raiz do trabalho é muito parecida para qualquer cliente, mas a entrega é customizada com base em escuta ativa e objetivos definidos em conjunto", complementa o economista.

Não é "só" um post — é estratégia

Um dos pilares da operação é a clareza sobre o papel do conteúdo: não se trata de vaidade, mas de gerar negócios. "Nossa missão é ajudar pessoas boas a se comunicarem melhor. A autoridade já existe, a gente só traduz isso em conteúdo estratégico", resume Andresa.

E o LinkedIn foi a rede escolhida por uma razão: "É onde o executivo gera negócio com autoridade. O algoritmo é mais honesto, a audiência é qualificada e o impacto é direto", completa Marchesine.

Apesar do ritmo acelerado nos primeiros anos, a startup agora passa por uma fase de consolidação. "Chegamos num ponto em que precisávamos crescer com saúde. Demitimos clientes que não faziam mais sentido, melhoramos a eficiência operacional e investimos em tecnologia e inteligência artificial para escalar com consistência", explica o sócio-fundador.

A empresa também passou por um processo de aceleração com o Insper e conta hoje com consultorias especializadas em vendas e tecnologia. Segundo os fundadores, o maior diferencial da Backstage está na escuta ativa e no atendimento sob medida.

"Muita gente reclama que agências trocam toda hora a pessoa de atendimento ou não entendem o negócio. A gente faz questão de manter alguém fixo, que conheça o cliente e fale a língua dele. Isso gera vínculo e melhora o resultado", comenta a empresária.

"Quem não se posiciona, corre o risco de ser interpretado por terceiros. Hoje, construir autoridade é mais do que marketing: é estratégia de negócio", conclui o empresário.

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