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Por que ter CNPJ MEI em 2025 facilita crédito e mais oportunidades

AGÊNCIA BRASIL

Celular mostra logotipo do app oficial do MEI

Celular mostra logotipo do app oficial do MEI; entenda os benefícios de ter um CNPJ MEI em 2025

Publicado em 27/8/2025 - 8h00
Atualizado em 27/8/2025 - 13h49

Ter um CNPJ MEI em 2025 é mais do que formalizar um pequeno negócio. Para milhões de microempreendedores individuais, o documento funciona como a identidade da empresa e facilita o acesso a benefícios financeiros, previdenciários e comerciais que um trabalhador autônomo informal não possui.

Com o CNPJ, o empreendedor consegue abrir conta bancária PJ, pedir crédito, emitir nota fiscal e até participar de licitações públicas. Sem ele, muitas oportunidades de venda e contratação ficam inviabilizadas, já que cada vez mais empresas e plataformas digitais exigem a formalização para fechar negócios.

Além disso, o CNPJ MEI assegura contribuições ao INSS com um custo reduzido — em 2025, a mensalidade do DAS varia de R$ 76,90 a R$ 81,90, dependendo da atividade.

Isso garante benefícios como aposentadoria por idade, auxílio-doença, salário-maternidade e pensão por morte. Na prática, é um investimento baixo comparado às vantagens de manter o negócio ativo e regularizado.

"O CNPJ funciona como a identidade da empresa. Com ele, o empreendedor consegue abrir uma conta bancária empresarial, pedir crédito para sua empresa e emitir notas fiscais. Na prática, muitas oportunidades só são possíveis caso o empreendedor esteja formalizado", afirma Otávio Augusto, diretor comercial da Company Hero, ao Economia Real.

Vantagens do CNPJ MEI frente ao autônomo informal

De acordo com Kályta Caetano, contadora especialista em MEI na MaisMei, os benefícios vão muito além do registro formal:

  • Acesso a crédito bancário com juros menores.
  • Benefícios previdenciários (aposentadoria, auxílio-doença, salário-maternidade, pensão por morte).
  • Compra de veículos com até 30% de desconto.
  • Serviços bancários exclusivos, como conta PJ e maquininhas com taxas reduzidas.
  • Participação em licitações públicas e vendas ao governo.
  • Descontos com fornecedores e melhores condições de negociação.
  • Cadastro em marketplaces como iFood, Shopee, Amazon e Magalu, que exigem nota fiscal.

"Ser MEI é muito mais vantajoso do que permanecer como autônomo informal. Enquanto o autônomo paga caro e perde oportunidades de mercado, o MEI formalizado paga pouco, tem benefícios previdenciários e abre portas para vender em empresas e plataformas digitais", reforça Kályta.

Situações em que o MEI precisa apresentar o CNPJ

  • Emissão de nota fiscal para pessoas jurídicas.
  • Solicitação de crédito em bancos.
  • Abertura de conta PJ.
  • Participação em licitações públicas.
  • Negociações com fornecedores.

O que acontece se o MEI perder o CNPJ

A perda pode ocorrer de duas formas: simples e definitiva.

  • Perda do comprovante (CCMEI): Não afeta a formalização. Basta emitir novamente no Portal do Empreendedor ou em apps de gestão.
  • Cancelamento do CNPJ: Ocorre quando o MEI deixa de pagar o DAS ou não envia a DASN-SIMEI por mais de dois anos. Após 95 dias de suspensão sem regularização, o número é cancelado e não pode ser reativado.

"Nessas situações, o empreendedor fica numa espécie de limbo até corrigir os dados ou quitar as pendências. Sem o CNPJ ativo, ele não consegue emitir notas, abrir conta PJ, contratar um funcionário ou formalizar contratos", alerta Augusto.

Se o cancelamento ocorrer, será necessário abrir um novo MEI, com outro número de CNPJ. Mas as dívidas permanecem vinculadas ao CPF do titular, o que pode gerar restrições de crédito.

"Minha orientação é clara: não deixar acumular dívidas. O custo do MEI é baixo, menos de R$ 82 por mês em 2025, e regularizar é muito mais barato do que perder o CNPJ e ter restrições no CPF", aconselha Kályta.

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