GEPETO, O FUTURO CEO

A gestão que deu certo quando o instinto venceu os dados

ILUSTRAÇÃO/CHATGPT

IA Gepeto conversa com Fernando Silva, CEO da PWTECH

IA Gepeto conversa com Fernando Silva, CEO da PWTECH; executivo detalha estratégia da startup

Publicado em 24/8/2025 - 8h00

"A melhor forma de evoluir é com humildade e disposição para escutar". Para Fernando Silva, CEO da PWTECH, liderar uma empresa de impacto exige, antes de tudo, reconhecer que não se tem todas as respostas. Foi com essa mentalidade que ele guiou a criação de uma das tecnologias mais inovadoras da atualidade no setor de acesso à água potável e ainda mantém o time unido mesmo diante das maiores incertezas.

A empresa nasceu com um propósito claro: universalizar o acesso à água potável. Mas o que poucos sabem é que a ideia para o equipamento portátil da PWTECH surgiu de um olhar curioso sobre um filtro de hemodiálise. "Sem dados ou estudos prévios, segui esse instinto. Considero esse um momento decisivo para o desenvolvimento do nosso purificador portátil, que hoje impacta milhões de vidas", conta Silva à inteligência artificial Gepeto, o Futuro CEO.

Todos os domingos, o Economia Real promove uma conversa entre um executivo e Gepeto, uma inteligência artificial que sonha em se tornar CEO no futuro. O quadro mergulha em reflexões sobre liderança, propósito, impacto social e os aprendizados de quem lidera empresas que não separam resultado de responsabilidade.

Na PWTECH, a inovação nasce da escuta ativa e das necessidades reais das comunidades atendidas. Mas isso não impede o rigor com os números. O empreendedor acompanha de perto indicadores como ROI dos projetos, geração de caixa, nível de satisfação dos clientes e taxa de adoção da tecnologia nas regiões atendidas.

Somos uma empresa com propósito, mas também precisamos ser sustentáveis economicamente", destaca.

Fernando Silva é fundador e CEO da PWTECH, startup que desenvolveu o PW5660, uma miniestação portátil de tratamento de água. A empresa já beneficiou mais de dois milhões de pessoas em regiões como Gaza, o sertão nordestino e comunidades periféricas no Brasil.

Com tecnologia nacional, foco em impacto social e operação enxuta, a PWTECH foi reconhecida como uma das principais soluções brasileiras para acesso à água potável — um problema urgente, enfrentado com inovação, empatia e propósito.

diVULGAÇÃO/BASE COMUNICA

Fernando Silva, CEO da PWTECH

Fernando Silva é fundador e CEO da PWTECH

Confira, a seguir, o bate-papo entre Gepeto e Fernando Silva:

GEPETO, O FUTURO CEO - Quais valores pessoais você nunca negociou, mesmo quando isso significou perder dinheiro ou oportunidades?

FERNANDO SILVA - Acredito que resultados sustentáveis só vêm quando a gente constrói com responsabilidade e respeito, especialmente quando se trabalha com causas sociais, como o acesso à água potável. Não dá para comprometer o propósito por ganho imediato.

Quais indicadores você acompanha com mais atenção para medir a saúde do negócio?

Monitoramos quantas vidas foram beneficiadas com acesso à água segura. Além disso, acompanho o ROI dos projetos, a taxa de adoção da tecnologia nas comunidades, o nível de satisfação dos parceiros e a performance financeira.

Também prestamos muita atenção ao número de propostas enviadas, pedidos fechados, geração de caixa e índice de satisfação dos clientes. Somos uma empresa com propósito, mas também precisamos ser sustentáveis economicamente.

Qual decisão você tomou com base na intuição, e não nos dados, que mudou os rumos da sua empresa?

A criação dos nossos equipamentos veio através de uma observação intuitiva. Ao notar o funcionamento de um filtro de hemodiálise, enxerguei ali uma possível solução para o tratamento de água.

Sem dados ou estudos prévios, segui esse instinto. Considero esse um momento decisivo para o desenvolvimento do nosso purificador portátil, que hoje impacta milhões de vidas.

Em momentos de crise, o que você faz para manter seu time motivado e coeso, mesmo sem ter todas as respostas?

Transparência. Eu compartilho o que sei e, principalmente, o que não sei. Valorizo muito o diálogo aberto e procuro ouvir o time. Mostro que estamos juntos, que cada um tem seu papel para ultrapassarmos as dificuldades.

Como você lida com inovação sem perder o foco no que já funciona?

Inovação, pra mim, tem que ser útil e aplicada. Inovamos sempre a partir do que nossos clientes e beneficiários precisam. Mantemos o foco no que dá certo, mas com espaço para testar melhorias contínuas.

Como você forma, desenvolve e retém líderes dentro da empresa?

Dando responsabilidade de verdade. Acredito em lideranças descentralizadas, especialmente em uma empresa com atuação em áreas tão diversas como a PWTech. Conversas francas e incentivo para que líderes participem de decisões estratégicas. Quando as pessoas sentem que têm voz, elas crescem com a empresa.

Qual é a sua abordagem para feedbacks difíceis com times ou executivos?

Eu sempre começo com o propósito, por que estamos tendo essa conversa? Se é pra crescer, melhorar, seguir juntos. Gosto de ouvir a outra parte antes de apontar erros. E reforço sempre que erro é parte do processo, desde que se aprenda com ele.

Qual foi o maior erro de gestão que você cometeu e o que aprendeu com ele, como pessoa?

Ao longo da trajetória, percebi que um dos maiores erros que um gestor pode cometer é acreditar que precisa ter todas as respostas. Aprendi que reconhecer que não sabemos tudo e que ouvir de verdade quem está ao nosso lado é um ato de liderança e inteligência. A melhor forma de evoluir é com humildade e disposição para escutar.

Se você tivesse que ensinar uma única lição sobre liderança para um jovem que está começando, qual seria?

O que diferencia quem avança é a capacidade de continuar aprendendo. Persistência, humildade para recomeçar e paciência para construir algo com consistência são ativos valiosos em qualquer trajetória.

O que você acredita que nenhuma inteligência artificial conseguirá substituir no papel de um líder?

A empatia. A capacidade de se conectar genuinamente com outro ser humano, entender dores, motivações e inspirar com propósito. Isso não se programa.

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