GUILHERME MAURI

Ele trocou a Faria Lima por Balneário Camboriú e já abriu 400 minimercados

DIVULGAÇÃO/PIETRO POZZEBON

Guilherme Mauri, sócio-fundador da Minha Quitandinha

Guilherme Mauri, sócio-fundador da Minha Quitandinha; ele trocou SP por SC para empreender

Publicado em 18/8/2025 - 10h37

Após quase duas décadas no mercado financeiro, período no qual trabalhou em fusões e aquisições de empresas, Guilherme Mauri trocou a rotina de São Paulo pelo empreendedorismo em Balneário Camboriú (SC). Em 2020, fundou a Minha Quitandinha, rede de minimercados autônomos que funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, dentro de condomínios residenciais e comerciais. Hoje, a marca já soma 400 unidades em todo o país.

"Nós não vendemos apenas produtos, vendemos conveniência e proximidade. Nosso objetivo é resolver a vida do cliente e ajudar o condomínio, gerando receita extra", afirma Mauri, sócio-fundador e CEO da Minha Quitandinha, em entrevista ao Economia Real.

A inspiração veio durante a pandemia, quando o empreendedor observou o movimento constante de um minimercado instalado no prédio em que morava. "Era simples: duas geladeiras, gôndolas e muito fluxo de clientes. Não tinha como estar mais perto do consumidor do que dentro da casa dele", relembra.

Com experiência prévia no setor de serviços para condomínios, ele adaptou o conceito para um espaço mais aconchegante, com gôndolas de madeira e um nome em português, para criar uma "extensão do lar" em vez de apenas um mercado autônomo.

Três síndicos aceitaram testar o modelo, e a operação mostrou-se viável desde o início, com baixo índice de perdas e alta adesão dos moradores. O modelo de negócio começou com lojas próprias em Santa Catarina, mas logo chamou a atenção de interessados em outras cidades.

Em 2021, a Minha Quitandinha adotou o formato de franquia de varejo e, em 2023, vendeu todas as unidades próprias para focar no sucesso dos franqueados.

O que acelerou nosso crescimento foi concentrar recursos no franqueado, investir em treinamento e desenvolver tecnologia própria. Isso nos tornou mais escaláveis e competitivos", explica o executivo.

WILSON OHATA

Loja da Minha Quitandinha

Loja da Minha Quitandinha

Quanto custa abrir uma franquia

Segundo Mauri, o investimento inicial parte de R$ 45 mil a R$ 50 mil, com taxa de franquia, equipamentos, identidade visual, estoque e capital de giro inclusos. A operação pode ser instalada em condomínios residenciais, empresas, hotéis e indústrias.

"O franqueado não precisa morar no prédio onde está a loja. Nosso suporte vai desde o projeto arquitetônico até fornecedores e gestão financeira", diz.

Para o empresário, o principal requisito para quem deseja empreender no setor de mercados de proximidade não é conhecimento técnico, mas engajamento. "O melhor franqueado é aquele que tem resiliência e carinho pelo negócio. Não é um modelo difícil, mas exige atenção aos detalhes e ao cliente", afirma.

A meta para 2025 é dobrar o número de unidades, mantendo a abertura de 15 a 20 lojas por mês. "Nosso segundo semestre costuma ser mais forte, e já estamos com a tração necessária para manter esse ritmo", projeta Mauri.

Além de expandir no Brasil, a rede trabalha no aperfeiçoamento do conceito de mercado de super proximidade, investindo em tecnologias que personalizam a experiência de compra. "Queremos que o cliente sinta que a loja foi feita para ele", conclui.

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