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Parcela não pode comprometer mais de 30% da renda bruta mensal, segundo as regras do mercado
Publicado em 15/4/2025 - 10h00
Comprar um carro 0km faz parte do sonho de muitos brasileiros, mas os preços subiram consideravelmente nos últimos anos. Atualmente, o carro mais barato de 2025 é o Citroën C3, com preço médio de R$ 73.490. Nesta reportagem, o Economia Real apresenta os cenários para financiar um carro 0km e os valores necessários para dar entrada nesse tipo de compra.
Assim como ocorre nos financiamentos imobiliários, o valor da parcela do carro não pode ultrapassar 30% da renda bruta mensal do comprador. Essa é a principal regra adotada por bancos e financeiras para evitar o superendividamento e reduzir o risco de inadimplência.
A análise de crédito também leva em conta outros fatores, como o valor da entrada, o prazo de pagamento, a taxa de juros, o histórico de crédito do cliente e a estabilidade da renda (fixa ou variável).
Nas simulações realizadas pelo Economia Real, o valor da entrada para comprar o Citroën C3 oscila entre cerca de R$ 15 mil a R$ 30 mil. Confira três simulações com diferentes valores de entrada e prazos de pagamento:
Entrada de 20% (R$ 14.698), saldo financiado de R$ 58.792 em 48 meses
Parcela estimada: R$ 1.870
Renda mínima exigida: R$ 6.235/mês
Entrada de 30% (R$ 22.047), saldo financiado de R$ 51.443 em 60 meses
Parcela estimada: R$ 1.430
Renda mínima exigida: R$ 4.765/mês
Entrada de 40% (R$ 29.396), saldo financiado de R$ 44.094 em 60 meses
Parcela estimada: R$ 1.225
Renda mínima exigida: R$ 4.080/mês
As simulações consideram uma taxa de juros média de 1,5% ao mês, valor comum em contratos de crédito direto ao consumidor (CDC). Os números podem variar conforme o perfil de cada cliente e a política de crédito de cada instituição financeira.
Para aprovar um financiamento de veículo, as instituições financeiras costumam analisar:
Tipo de vínculo profissional (CLT, autônomo, MEI, etc.)
Score de crédito e histórico de pagamento
Idade do comprador
Existência de outras dívidas ativas
Finalidade do veículo (uso pessoal ou profissional)
Sim. Assim como no financiamento imobiliário, é possível compor renda familiar com cônjuge, pais ou outros parentes. Nesses casos, todos os envolvidos se tornam corresponsáveis legais pelo contrato de financiamento.
As parcelas do financiamento representam apenas uma parte dos custos de ter um veículo. É fundamental incluir no planejamento financeiro despesas como IPVA, seguro, combustível, manutenção preventiva, documentação e eventuais reparos mecânicos.
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