RECORDE
MARCELLO CASAL JR./AGÊNCIA BRASIL
Desemprego no Brasil recua a 7% no 1º tri e rendimento médio marca recorde de R$ 3,4 mil
Publicado em 30/4/2025 - 11h17
Atualizado em 30/4/2025 - 11h22
O salário médio dos trabalhadores brasileiros foi de R$ 3.410 no primeiro trimestre de 2025, o maior valor já registrado pela série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (30), além do crescimento da remuneração mensal, o início de 2025 também registrou a menor taxa de desemprego para o período.
Os dados sobre o rendimento médio do trabalho apontam alta de 1,2% em relação ao quarto trimestre de 2024 e avanço real de 4% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelos setores de Agricultura, Construção, Serviços Domésticos e Administração Pública, que apresentaram as maiores altas de rendimento no comparativo anual. Na Construção, o salário médio aumentou 5,7%, enquanto os serviços financeiros, imobiliários e administrativos registraram avanço de 4,1%.
Segundo o IBGE, além do avanço salarial, o Brasil atingiu a menor taxa de desemprego para um primeiro trimestre desde o início da série histórica, em 2012. O índice ficou em 7% entre janeiro e março, abaixo dos 7,9% registrados no mesmo período de 2024.
Na comparação com o trimestre anterior, houve alta de 0,8 ponto percentual, reflexo do crescimento no número de pessoas em busca de trabalho, que chegou a 7,3 milhões — uma elevação de 13,1%.
O bom desempenho do mercado de trabalho nos últimos trimestres não chega a ser comprometido pelo crescimento sazonal da desocupação. Mesmo com expansão trimestral, a taxa de desocupação do 1º trimestre de 2025 é menor que todas as registradas nesse mesmo período de anos anteriores”, explica Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE.
A população ocupada totalizou 99,8 milhões de pessoas, número 1,3 milhão menor do que no fim de 2024. Ainda assim, esse total é 2,3% superior ao registrado no primeiro trimestre do ano passado.
A queda recente foi puxada principalmente pelo emprego sem carteira assinada no setor privado, que recuou 5,3%, com destaque para retrações nos segmentos de Construção, Serviços Domésticos e Educação. Mesmo diante da redução trimestral, o número de trabalhadores com carteira assinada se manteve estável em 39,4 milhões, sem variações significativas.
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