VINICIUS PESSIN

Ele já vendeu duas empresas e agora lidera 12 milhões de entregas no Brasil

Vinicius Pessin lidera a Eu Entrego, startup que já fez 12 mi de entregas e mira presença em todas as grandes cidades do Brasil até 2025.

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Vinicius Pessin, cofundador e CEO da Eu Entrego; startup fez 12 milhões de entregas em 2024

Publicado em 2/10/2025 - 10h00

Vender duas empresas não foi suficiente para a trajetória empreendedora de Vinicius Pessin. Hoje, ele lidera a Eu Entrego, startup de logística colaborativa que realizou 12 milhões de entregas em 400 cidades em 2024 e mira um objetivo ousado para 2025: estar presente em todas as cidades brasileiras com mais de 200 mil habitantes.

"Sempre fui movido pela inquietação e pela vontade de transformar ideias em algo real. Percebi que o varejo precisava de uma solução mais flexível e eficiente para chegar ao consumidor final, especialmente diante do crescimento acelerado do e-commerce. Ao mesmo tempo, milhões de brasileiros estavam em busca de oportunidades de renda extra", explica Pessin, CEO e cofundador da empresa, em entrevista ao Economia Real.

A Eu Entrego conecta mais de dois milhões de entregadores a grandes varejistas, entre eles Cobasi, Vivo, Petz e O Boticário. A proposta é simples: transformar trabalhadores que já circulam pelas cidades em protagonistas da logística de última milha (last mile), apoiados por tecnologia de roteirização e geolocalização.

"Acreditamos que apenas a combinação entre crowdshipping (entregas colaborativas feitas por pessoas físicas) e tecnologia de ponta é capaz de enfrentar os desafios do varejo em um país com as dimensões e complexidades logísticas do Brasil", afirma o executivo.

A bagagem de Pessin ajudou a consolidar essa visão. Foram mais de 20 anos em empresas como Terra, UOL, Americanas (B2W) e C6 Bank, além da fundação de negócios próprios, como a Plugin (vendida para o UOL) e a E-Smart (adquirida pela B2W).

De acordo com o empreendedor, a Eu Entrego nasceu da combinação dessa experiência com a aposta no modelo colaborativo e enfrentou um desafio exponencial durante a pandemia da Covid-19. Com o boom do e-commerce, a startup precisou multiplicar sua operação em poucos meses. O crescimento chegou a 600% em alguns períodos, o que validou como o modelo resolvia uma dor estrutural do mercado.

Nosso maior desafio foi atuar onde ninguém queria estar. Superamos isso recrutando, capacitando e valorizando entregadores dentro das próprias comunidades. Criamos ecossistemas locais que funcionam de forma sustentável e com alto nível de confiança", relata Pessin.

A força da operação está justamente na capilaridade: a empresa consegue atender desde capitais até cidades de médio porte, ao ajustar custos e prazos conforme a necessidade do varejista. O resultado é mais previsibilidade para empresas e mais renda para entregadores.

Tecnologia e propósito no centro da estratégia

Para 2025, a Eu Entrego projeta crescer 30% e expandir sua atuação com a Envoy, spin-off de tecnologia SaaS (software como serviço) criada a partir da inteligência logística interna. O objetivo é reduzir custos operacionais em até 20% por meio de inteligência artificial e algoritmos de roteirização.

"Estamos investindo em tecnologia para transformar a última milha em um processo mais ágil, confiável e sustentável. Nossa ambição é clara: ser o nome da logística de última milha no Brasil", destaca Pessin.

No centro de tudo, permanece o propósito. Filho de comerciantes, Pessin relembra que começou a empreender ainda criança, ajudando a avó a vender laranjas na calçada.

"Meu propósito é democratizar a logística no Brasil. Quero que qualquer pessoa, em qualquer lugar, possa receber seu pedido de forma eficiente. E, ao mesmo tempo, quero gerar renda para milhares de brasileiros que encontram em nossa plataforma uma chance real de trabalho. Tenho muito orgulho da Eu Entrego", conclui.

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