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Willian Valadão e Rodrigo Grossi, sócios da Dynadok; empresa faturou R$ 1 milhão em 2024
Publicado em 5/5/2025 - 6h00
Em vez de planilhas, e-mails e retrabalho, uma inteligência artificial (IA) que entende contratos, confere documentos e libera pagamentos em segundos. Essa é a proposta da Dynadok, empresa mineira que criou uma plataforma de automação documental e, logo no primeiro ano de existência, já conquistou um faturamento de R$ 1 milhão.
"Criamos a Dynadok para resolver um problema crônico nas empresas brasileiras: o tempo perdido analisando documentos. Não só no país, mas globalmente, são poucas as soluções que fazem isso com a abrangência que conseguimos", diz Willian Valadão, CEO e cofundador da empresa, em entrevista exclusiva ao Economia Real.
Enquanto a maioria das companhias utiliza RPA (automação robótica de processos), a Dynadok aposta em uma abordagem mais avançada: o IDP (processamento inteligente de documentos), capaz de interpretar textos e extrair dados de PDFs, imagens e outros formatos, mesmo que apresentem estruturas diferentes.
O sistema automatiza tarefas complexas, como a validação de relatórios de FGTS, e-Social e contratos escaneados, o que elimina horas de conferência manual e reduz drasticamente o risco de erros. A tecnologia já está em uso em empresas dos setores de papel e celulose, que precisam validar documentos de terceiros, como registros de motosserras e contratos de prestação de serviços, antes de liberar pagamentos.
"Com a nossa plataforma, esse processo leva segundos e já aponta erros, vencimentos e inconsistências", explica Rodrigo Grossi, COO e também sócio da startup. De acordo com o executivo, o foco da tecnologia não é substituir profissionais, mas liberar tempo para que atuem de forma mais estratégica.
A IA não veio para tirar empregos. Ela veio para impulsionar o trabalho do dia a dia. Utilizamos várias inteligências artificiais no mesmo processo, mas sempre com uma checagem final feita por humanos. Isso garante qualidade e precisão", comenta.
A automação com IA aplicada à gestão documental ainda está em estágio inicial no Brasil, mas o potencial é enorme, especialmente nos setores que lidam com grande volume de papelada, como saúde, educação e recursos humanos.
O mercado de IDP no Brasil e no mundo está em expansão acelerada. Segundo a consultoria DataIntelo, o setor deve movimentar US$ 26,5 bilhões (cerca de R$ 150 bilhões) até 2032, com crescimento médio anual de 37,5%.
Já uma pesquisa da McKinsey mostra que 34% dos executivos pretendem aumentar os investimentos em automação de processos nos próximos anos, quase o dobro dos 18% registrados antes da pandemia.
A demanda também aparece no dia a dia das empresas: levantamento da plataforma monday.com mostra que 81% dos brasileiros acreditam que automatizar o fluxo de trabalho aumenta o engajamento. Ainda assim, apenas 43% afirmam contar com ferramentas adequadas — uma lacuna que a Dynadok quer preencher.
"Estamos em um mercado gigante, ainda pouco explorado no Brasil, e com uma dor muito clara a resolver. Nosso objetivo é eliminar a burocracia sem perder o controle", resume Valadão.
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