O grupo com mais de 200 empresários que movimenta R$ 610 bilhões no Brasil

De olho na continuação dos próprios negócios, mais de 200 empreendedores se uniram na comunidade O Conselho. Somados, essas empresas movimentam mais de R$ 610 bilhões por ano e impactam diretamente um milhão de colaboradores em diferentes setores da economia. O foco são jovens empresários e sucessões de grandes companhias.

"Sempre senti falta de um lugar de evolução, onde pudesse encurtar minha jornada de erros com pessoas que já trilharam o caminho que busco, me conectando de forma rápida e participando de uma comunidade onde todos buscam evoluir em conjunto, também fazendo negócios", explica Theo Braga, líder do Conselho, ao Economia Real.

Segundo o investidor, o objetivo do grupo é encurtar jornadas, evitar erros e preparar líderes para sustentar empresas bilionárias em um cenário onde apenas 30% das companhias chegam à terceira geração e só 15% sobrevivem.

A estratégia passa pelo compartilhamento de experiências práticas, mentorias e visitas aos bastidores de algumas das maiores empresas brasileiras, como Cacau Show, Grupo Simões (Coca-Cola Norte e Nordeste), Drogaria Araujo, Rede Amazônica e Mart Minas.

Segundo Braga, um dos diferenciais da comunidade é unir quem já construiu grandes negócios com jovens que buscam acelerar sua trajetória. Uma pesquisa realizada pela SME The New Economy reforça a importância desse movimento: 52% dos empresários acreditam que a maior ameaça às companhias é a falta de visão estratégica de longo prazo.

Competências como inteligência emocional, visão de futuro, experiência prática em gestão e conhecimento financeiro são hoje consideradas condições básicas para a sobrevivência das empresas.

Rede de mentores e experiências práticas

Além das conexões entre os próprios membros, o Conselho já contou com a participação de nomes de peso no empreendedorismo e na gestão, como Flávio Augusto (Wiser), Paulo Vieira, Richard Stad (Aramis), Marcelo Cohen (BeFly), Israel Salmen (Méliuz), João Appolinário Filho (Polishop) e Ronald Aguiar (Coco Bambu).

Essas trocas, segundo Braga, reforçam a urgência de repensar a forma de liderar no país. "Não é a falta de capital ou de mercado que ameaça nossas empresas, mas sim a dificuldade em preparar líderes com visão de longo prazo e capacidade de transformar negócios. É por isso que a seleção dos membros é tão criteriosa: cada líder que entra precisa estar disposto a compartilhar, aprender e elevar o nível das discussões".