Empreendedor paga até 40% menos em plano de saúde MEI; entenda como

Ter um CNPJ ativo como microempreendedor individual (MEI) abre acesso a benefícios antes restritos a empresas de maior porte — entre eles, os planos de saúde empresariais. Assim, as operadoras oferecem mensalidades mais baixas, carência reduzida e coberturas completas, o que permite incluir dependentes e economizar até 40% em relação aos planos individuais.

"A contratação requer a apresentação do Certificado da Condição de Microempreendedor Individual (CCMEI) e o comprovante de pagamento da contribuição mensal (DAS). Essa modalidade permite que o empreendedor tenha acesso a um plano com condições diferenciadas e o mesmo padrão de qualidade que marca o atendimento da Bradesco Saúde", afirma Flavio Bitter, diretor da Bradesco Saúde, em entrevista ao Economia Real.

Para Gualter Lisboa Ramalho, diretor de Mercado e Marketing da Unimed do Brasil, a contratação de planos empresariais por MEIs segue normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e foi pensada para ampliar o acesso a benefícios antes limitados a empresas maiores.

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"O profissional autônomo pode ter os mesmos direitos de uma empresa de maior porte, desde que o CNPJ esteja ativo e regular. A vantagem está na possibilidade de incluir dependentes e, em algumas operadoras, obter valores mais competitivos", explica Ramalho.

Na prática, a principal diferença está no custo e nas vantagens oferecidas. O plano empresarial para MEI tem mensalidades menores, flexibilidade de cobertura e carência reduzida. "O contrato está vinculado ao CNPJ, o que permite negociar condições semelhantes às de empresas de maior porte", detalha Bitter.

Ramalho reforça que, além do preço, o MEI deve avaliar a rede credenciada, o atendimento e os programas de prevenção e bem-estar, para assegurar equilíbrio entre custo e qualidade. Já Marcos Corrêa, diretor nacional de Relacionamento Varejo e Inside Sales da Hapvida, ressalta que o microempreendedor precisa ter o CNPJ ativo há pelo menos seis meses.

"O plano MEI geralmente custa de 30% a 40% menos do que um plano individual, permite a inclusão de dependentes e oferece regras de contratação e reajuste diferenciadas", afirma o executivo.

Documentos exigidos para contratar um plano de saúde MEI

Para aderir, o microempreendedor deve apresentar:

• CNPJ ativo e Certificado do MEI (CCMEI);
• Comprovante de endereço atualizado;
• Documento de identidade e CPF;
• Comprovante de pagamento da guia DAS;
• Comprovante de vínculo familiar ou empregatício, se incluir dependentes ou funcionários.

Em relação à cobertura, os planos empresariais para MEI seguem o rol de procedimentos da ANS, com atendimentos ambulatoriais, hospitalares, obstétricos e odontológicos, além de telemedicina, programas de prevenção e benefícios adicionais.

Na Bradesco Saúde, o cliente tem acesso ao Bradesco Saúde Concierge e suporte digital completo para agendamentos e reembolsos. Já a Unimed oferece planos com abrangência regional ou nacional, com flexibilidade de rede e segurança no atendimento.

Os preços variam conforme a operadora, o tipo de cobertura e a região. De acordo com Corrêa, na Hapvida, "um microempreendedor de 40 anos em São Paulo encontra planos a partir de R$ 255 por mês, com coparticipação, e planos nacionais a partir de R$ 577,83".

Entre os erros mais comuns, os especialistas apontam o desconhecimento sobre regras específicas, como a necessidade de manter o CNPJ ativo para não perder o plano, e a diferença nos reajustes anuais, que seguem critérios próprios da ANS para contratos empresariais.

Na hora de escolher, Bitter recomenda que o microempreendedor avalie a abrangência da rede, a qualidade do atendimento e a sustentabilidade financeira do contrato. Corrêa reforça que comparar planos e operadoras é essencial para equilibrar custo e cobertura.

Mais do que uma despesa, o plano de saúde MEI se tornou um investimento estratégico para quem empreende. "Esse investimento se reverte em benefícios tangíveis, como redução de afastamentos, menos gastos com tratamentos emergenciais e um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo", conclui Bitter.