INTELIGÊNCIA DE DADOS

Setor imobiliário cresce, mas onde está a demanda? O IDI mostra!

GABRIEL RAMOS/UNSPLASH

Imagem aérea da Avenida Paulista, localizada em São Paulo (SP)

Foto aérea da Avenida Paulista em São Paulo; IDI mostra lugares certos para construir imóvel

Publicado em 28/4/2025 - 8h10

Mesmo com a alta dos juros, o setor imobiliário cresceu 20% em 2024 e pretende seguir nesse ritmo ao longo de 2025. Porém, antes de construir um prédio, é necessário identificar se existem pessoas e empresas interessadas em adquirir o imóvel naquela região – e é aqui que entra o Índice de Demanda Imobiliária (IDI Brasil). No primeiro trimestre, o levantamento chegou a 77 cidades e ajuda construtoras de todas as regiões do país a entenderem o mercado local.

"Sabendo onde está a demanda, vamos procurar atendê-la e ver se o problema é falta de oferta naquele local, daquele tipo de produto, ou se é um aspecto de ordem legal", explica José Carlos Martins, presidente do Conselho Consultivo da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Segundo o executivo, antes do IDI, os estudos eram guiados apenas pela oferta. O objetivo do levantamento é proporcionar melhores informações para as empresas sobre onde está o mercado comprador.

O índice começou a ser calculado no ano passado, em 61 cidades, e foi desenvolvido pelo Ecossistema Sienge, CV CRM e Grupo Prospecta, em parceria com a CBIC. "Nosso objetivo sempre foi transformar esses dados em inteligência para ajudar o setor a tomar melhores decisões", comenta Gabriela Torres, gerente de inteligência estratégica do Ecossistema Sienge.

Devido à fragmentação dos dados, cada entidade contribuiu com uma parte do índice: o CV CRM trouxe dados sobre o interesse do público em novos empreendimentos e lançamentos recentes; a Sienge faz a integração e tratamento dos dados em sua plataforma; o Grupo Prospecta integrou uma metodologia exclusiva que analisa dados econômicos da região; e a CBIC auxilia institucionalmente.

Como o IDI funciona?

O índice fornece três rankings de cidades com maior demanda por novos imóveis, cada um referente a diferentes faixas de renda familiar.

O padrão econômico abrange rendas entre R$ 2 mil e R$ 12 mil, enquanto o médio padrão contempla famílias com renda entre R$ 12 mil e R$ 24 mil. Os imóveis de alto padrão são voltados para grupos familiares com renda mensal superior a R$ 24 mil. Curitiba, Goiânia e São Paulo são líderes dos três rankings, respectivamente.

Padrão econômico

  • Curitiba (PR) – nota 0,890
  • Goiânia (GO) – nota 0,837
  • Fortaleza (CE) – nota 0,808


Médio padrão

  • Goiânia (GO) – nota 0,853
  • São Paulo (SP) – nota 0,831
  • Rio de Janeiro (RJ) – nota 0,737

Alto padrão

  • São Paulo (SP) – nota 0,835
  • Goiânia (GO) – nota 0,823
  • Fortaleza (CE) – nota 0,699

Foco em São Paulo

Além da ampliação das cidades presentes no índice, a nova edição do estudo trouxe um recorte específico da cidade de São Paulo. "Mantivemos a metodologia utilizada no IDI Brasil e a aplicamos à análise específica de São Paulo. Para isso, dividimos a cidade em suas cinco principais zonas — Norte, Sul, Leste, Oeste e Centro", destaca Cristiano Rabelo, CEO do Grupo Prospecta.

Confira o ranking:

Padrão econômico

  • Zona Sul – nota 0,817
  • Zona Leste – nota 0,737
  • Zona Oeste – nota 0,689

Médio padrão

  • Zona Oeste – nota 0,791
  • Zona Sul – nota 0,636
  • Zona Leste – nota 0,515

Alto padrão

  • Zona Oeste – nota 0,747
  • Zona Sul – nota 0,650
  • Zona Leste – nota 0,538
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