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Remédios espalhados em mesa; de acordo com dados do IPCA, só dois tipos de medicamentos caíram
Publicado em 11/6/2025 - 6h00
Os preços dos medicamentos subiram 0,69% em maio, segundo os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados na terça (10). Contudo, dois grupos de remédios surpreenderam e apresentaram deflação neste período — ou seja, ficaram mais baratos. São eles: neurológico, com queda de 0,61% no preço, e antialérgico e broncodilatador, com redução de 0,32%.
A queda no preço dos medicamentos neurológicos, usados no tratamento de epilepsia, Parkinson e Alzheimer, representa um alívio para quem depende desses remédios de uso contínuo. Já os antialérgicos e broncodilatadores, essenciais para pacientes com asma, rinite e outras condições respiratórias, também registraram leve recuo, o que ajuda a equilibrar os gastos com saúde em um mês de temperaturas mais baixas.
Mesmo com a média geral de reajuste relativamente moderada, alguns grupos de medicamentos subiram bem acima da inflação do setor. O destaque ficou para os remédios oftalmológicos, com alta de 2,15% em maio. Esses produtos incluem colírios e tratamentos para doenças como glaucoma e olho seco, bastante comuns em idosos e pacientes com doenças crônicas.
Outros grupos que também ficaram mais caros foram os hipotensores e hipocolesterolêmicos (1,65%), hormonais (1,26%), dermatológicos (0,98%), gastroprotetores (0,94%) e antidiabéticos (0,93%).
Esses medicamentos são amplamente utilizados para o controle de doenças como hipertensão, colesterol alto, diabetes e distúrbios hormonais, condições que exigem tratamento contínuo e costumam pesar no orçamento familiar.
Os analgésicos e antitérmicos (0,35%), psicotrópicos e anorexígenos (0,32%), anti-inflamatórios e antirreumáticos (0,54%), antigripais e antitussígenos (0,64%) e anti-infecciosos e antibióticos (0,23%) registraram variações abaixo da média do setor, mas ainda assim seguiram em alta.
A recomendação de especialistas é comparar preços entre farmácias, buscar programas de descontos de laboratórios e, sempre que possível, optar por medicamentos genéricos ou similares, desde que indicados pelo profissional de saúde.
De acordo com os dados coletados pelo instituto, a inflação oficial do Brasil desacelerou para 0,26% em maio, uma queda de 0,17 ponto percentual em relação a abril (0,43%).
O resultado mensal foi influenciado, principalmente, pelo avanço no grupo Habitação (1,19% e 0,18 ponto percentual de impacto), após o aumento nos preços da energia elétrica residencial, que passou de -0,08% em abril para 3,62% em maio, devido à mudança na bandeira tarifária. No ano, a inflação acumulada é de 2,75%, e, nos últimos 12 meses, de 5,32%.
Este artigo foi produzido com uso de inteligência artificial, mas sob a supervisão e responsabilidade de jornalista profissional.
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