NOVA CRISE

TikTok Shop causou demissão em massa nos EUA; entenda por quê

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Seguidor acompanhando o Tik Tok

Internauta utiliza TikTok; rede social demitiu 100 pessoas após flop do e-commerce nos EUA

Publicado em 14/6/2025 - 7h00

Enquanto o TikTok Shop ganha terreno e popularidade no Brasil, a situação da vertical de e-commerce social da companhia nos Estados Unidos vai de mal a pior. Cerca de 100 funcionários norte-americanos já foram demitidos ou pediram desligamento do projeto. Para ocupar essas vagas e tentar reverter os resultados fracos, a ByteDance tem remanejado colaboradores chineses para a operação local.

Segundo informações do portal Business Insider, os funcionários do TikTok nos EUA foram orientados a trabalhar remotamente enquanto os executivos lidam com os prejuízos e definem o futuro da loja digital no país.

Além disso, fontes da Bloomberg revelam que o desempenho do aplicativo ficou abaixo do esperado, o que motivou o recrutamento de gestores da China e até a mudança de idioma nas reuniões internas — que passaram a ser conduzidas em mandarim, em substituição ao inglês adotado anteriormente.

Para agravar o cenário, o TikTok e o governo dos Estados Unidos seguem em confronto há anos. Desde o início do governo Biden, a plataforma enfrenta forte pressão política e regulatória, que já resultou em tentativas de banimento do TikTok nos EUA.

Com a volta de Donald Trump à Casa Branca, a situação se agravou e se a ByteDance não vender sua operação norte-americana até 19 de junho, a rede social pode ser expulsa do país.

Em meio a esse cenário conturbado, o TikTok Shop acumula altos custos, adesão limitada dos consumidores e sofre com as tarifas sobre produtos importados da China. Na prática, a loja virtual tornou-se um verdadeiro nêmesis da estratégia chinesa no território norte-americano.

O público dos EUA, por sua vez, ainda demonstra resistência ao novo modelo de compras. Nem mesmo os influenciadores digitais conseguiram impulsionar a adesão à plataforma. O que prometia ser uma nova era para o e-commerce social virou sinônimo de crise, reuniões emergenciais e dores de cabeça para a gigante da tecnologia.

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