FANINI INVEST

Empresa some com R$ 180 mi após promessa de retornos de 30% ao mês

REPRODUÇÃO/RECORD

Imagem de Christian Fanini, dono da Fanini Invest

Christian Fanini, dono da Fanini Invest; empresa é acusada de aplicar golpe de R$ 180 milhões

Publicado em 30/6/2025 - 10h36

A Fanini Invest, empresa com sede em Curitiba (PR), é acusada por clientes de operar um esquema de pirâmide financeira que teria causado um prejuízo estimado em R$ 180 milhões. Segundo informações divulgadas no domingo (29), a companhia, liderada por Christian Fernando Damasceno Fanini, prometia retornos de até 30% ao mês com investimentos na Bolsa de Valores e no mercado de criptomoedas.

A advogada Evelyn Cintra foi uma das vítimas do suposto golpe, após investir R$ 20 mil na operação. No início, chegou a receber os rendimentos prometidos, mas os depósitos cessaram em março, o que despertou a desconfiança. "Eu tentei, eu insisti, eu falei: 'Me dá uma data, uma posição'. Ele até tinha prometido datas, mas não cumpriu nenhuma", relatou ela em entrevista ao Domingo Espetacular, da Record.

O professor de finanças Fábio Junior Baptista também viu seu dinheiro desaparecer após investir R$ 70 mil, provenientes da venda de um imóvel.
"Não sabemos se ele perdeu dinheiro nas operações ou se realmente teve algum tipo de bloqueio nas contas", desabafou o educador.

Em vídeo publicado nas redes sociais, o suposto empresário alegou que as contas da companhia haviam sido bloqueadas pela Justiça. No entanto, o repórter Filipe Brandão teve acesso a um relatório do Banco Central que indicava que todas as contas bancárias em nome de Christian Fanini estavam zeradas em 16 de junho.

Somente na Justiça de São Paulo, os processos movidos por clientes contra a Fanini Invest somam R$ 7,7 milhões. "Inicialmente, tipificamos essa conduta como um eventual estelionato, além de possíveis crimes contra o consumidor e contra o sistema financeiro", explicou o delegado Hermes Nakashima, responsável pela investigação na Polícia Civil.

Durante as apurações, investidores descobriram que Fanini abriu uma empresa na Inglaterra em março, o mesmo mês em que os pagamentos aos clientes foram interrompidos.

Procurado pela equipe da Record, Christian Fanini se recusou a conceder entrevista. Em nota, a empresa afirmou que "todos os clientes serão pagos" e que sofreu "bloqueios bancários arbitrários".

"Clientes que optaram por cancelar o contrato estão sendo incluídos em uma lista organizada de devoluções e, no momento, a Fanini não está aceitando novos clientes", concluiu o comunicado.

Confira a reportagem na íntegra:

comentáriosComente esta notícia

Últimas notícias

Economia Real