THE FOUNDERS

O grupo de empreendedores da genZ disputado por mais de 5 mil jovens

Dois amigos criaram o The Founders, comunidade de jovens empreendedores da geração Z que já tem 5 mil pessoas na lista de espera e mira R$ 1 mi.

DIVULGAÇÃO/THE FOUNDERS

Fabio Ekizian e Matteo Couto, cofundadores do The Founders; comunidade reúne empresários genZ

Publicado em 8/9/2025 - 12h00

O empreendedorismo sempre fez parte da vida de Matteo Couto, que abriu o primeiro CNPJ aos 13 anos e, no fim da faculdade, criou uma plataforma que conecta compradores e vendedores ao mercado de fusões e aquisições (M&A). Assim, ele percebeu a falta de um espaço para empreendedores da geração Z trocarem experiências de forma genuína e, junto com o amigo Fabio Ekizian, fundou o The Founders. Com mais de cinco mil jovens na lista de espera, a comunidade já reúne 100 empresários em um ambiente que fomenta o compartilhamento de aprendizados, dores e conquistas.

"A caminhada de empreender é muito solitária. Nossa ideia foi criar um espaço onde dá para falar de igual para igual com pessoas da mesma idade, que estão passando pelos mesmos desafios", explica Couto, cofundador da The Founders, em entrevista ao Economia Real.

No começo, os encontros eram informais: dez a 15 jovens se reuniam em uma sala cedida por um banco parceiro, com a presença de algum mentor convidado. Entre os primeiros nomes esteve o executivo Luiz Lobo, que compartilhou experiências de sua passagem pelo Itaú e pela FinTalk. "Aprender dessa forma, com quem já fez acontecer, é muito mais fácil do que na teoria. A gente viu o impacto na prática", lembra Couto.

O grupo cresceu de maneira 100% orgânica, com investimento dos próprios membros para manter filmmaker e registrar as primeiras reuniões. "Fizemos questão de documentar tudo desde o começo. Hoje olhamos para trás e vemos a evolução", afirma Ekizian, cofundador da comunidade.

Atualmente, o The Founders conta com 100 membros ativos, com idade média de 24 anos. As empresas representadas vão desde startups que faturam R$ 30 mil por mês até negócios que superam R$ 250 milhões ao ano. "O que impressiona é a diversidade. Temos desde quem está validando a primeira ideia até quem já escala empresas milionárias. Mas todos compartilham a mesma dor: a solidão do empreendedor", diz Ekizian.

Mais do que networking, a comunidade se posiciona como um espaço de apoio mútuo. "O lema é: faça amigos antes de fazer negócios. Se perdermos essa curadoria, viramos só mais um grupo comercial e aí a comunidade morre", ressalta Couto.

Nos encontros, é comum que empreendedores se reúnam para resolver dores específicas. "Já juntamos o pessoal de tecnologia numa sala e ninguém saiu até que todos resolvessem o problema apresentado. Essa lógica de give back é o que mantém a comunidade viva", comenta Ekizian.

A missão também é clara: ajudar a nova geração a tirar o CNPJ do papel. "Queremos aumentar o número de pessoas que saem da faculdade já empreendendo. Esse é o nosso propósito: inspirar a geração Z a empreender de verdade", reforça Couto.

Com a marca validada e demanda crescente, o The Founders lançou o The Next Founders, programa voltado para quem ainda não tem negócio tracionado, mas quer se preparar para empreender. "Não é um link de inscrição em massa. Existe curadoria, existe acompanhamento. O objetivo é formar quem, em breve, vai se tornar membro pleno da comunidade", diz Ekizian.

A comunidade também criou um sistema de engajamento interno, no qual cada membro acumula pontos ao participar de eventos, indicar mentores ou ajudar outros empreendedores. O objetivo é reconhecer quem contribui mais ativamente para a rede.

"O sonho grande é construir uma marca que faça parte do imaginário da geração Z empreendedora. Queremos que quando alguém pensar em comunidade de founders no Brasil, lembre da gente", conclui Couto.

Leia mais sobre Diversidade Negócios Startups
Comente esta notícia

Últimas notícias