SEXTA SEGURA

Seguro com telemedicina custa pouco e vira alternativa ao plano de saúde

Seguro de vida com telemedicina ganha espaço entre PMEs: alternativa mais barata ao plano de saúde e atrativa para reter talentos.

ILUSTRAÇÃO/CHATGPT

Colaboradores de PMEs em consulta médica digital, com ícones de proteção e bem-estar ao fundo.

Publicado em 5/9/2025 - 8h00
Atualizado em 5/9/2025 - 10h10

Com a alta dos custos dos planos de saúde, pequenas e médias empresas (PMEs) têm buscado alternativas para oferecer benefícios aos funcionários sem comprometer o orçamento. Uma solução que ganhou espaço nos últimos anos é o seguro de vida em grupo com acesso à telemedicina, que combina proteção financeira com atendimento médico digital disponível 24 horas por dia.

"Temos visto esta demanda crescer principalmente em PMEs do setor de varejo, serviços, tecnologia e indústria leve", explica Erick Kluft, diretor executivo de Negócios da Prudential do Brasil, ao Economia Real.

Jaime Neto, diretor de desenvolvimento de produtos e dados da MetLife Brasil, afirma que a contratação deste tipo de seguro é simples, o que facilita a tomada de decisão dos empreendedores: "O processo está totalmente disponibilizado em nosso cotador, o que garante que a PME consiga concluir tudo de forma rápida e prática, sem burocracia excessiva".

Esse tipo de produto pode ser contratado a partir de apenas duas vidas, o que facilita a adesão até mesmo para empresas com equipes pequenas. Além da cobertura de vida, os colaboradores passam a contar com consultas médicas virtuais, apoio psicológico e outros benefícios.

"O destaque é a orientação médica remota, disponível em qualquer lugar e a qualquer momento, funcionando 24 horas por dia, 7 dias por semana", explica Neto. Ele acrescenta que é possível incluir descontos em medicamentos, suporte nutricional e até segunda opinião médica.

A superintendente de Benefícios da Conduta Plus, Regiane Reginato, ressalta que a telemedicina corporativa ganhou força durante a pandemia e hoje está consolidada como diferencial.

"Embora não substitua um plano de saúde, a telemedicina representa uma opção acessível de orientação médica e cuidado preventivo", afirma. Segundo ela, os serviços podem oferecer mais de 30 especialidades disponíveis, além de descontos em farmácias e laboratórios, programas de bem-estar e acompanhamento contínuo.

Vantagem no bolso

O preço também é um atrativo. De acordo com o representante da MetLife, os valores começam em R$ 45 por funcionário, enquanto os planos de saúde tradicionais custam muitas vezes dez vezes mais. Regiane reforça: "Enquanto um plano de saúde representa a segunda maior despesa depois da folha de pagamento, a telemedicina vinculada ao seguro de vida custa uma fração desse valor".

Na visão de Kluft, a solução também impacta a retenção de talentos: "Acesso rápido à saúde melhora o bem-estar e reduz faltas. Percepção de cuidado da empresa aumenta o engajamento. Benefício valorizado pelos colaboradores, especialmente em locais com acesso limitado à saúde."

Os especialistas são unânimes em destacar que não oferecer benefícios de saúde ou vida expõe a empresa a riscos, desde queda de produtividade até processos legais, dependendo da categoria profissional.

"A ausência de benefícios como seguro de vida ou plano de saúde pode ser vista como falta de cuidado com o bem-estar dos colaboradores. Isso prejudica a imagem da empresa e dificulta a atração e retenção de talentos", alerta Neto.

A tendência é de crescimento, especialmente entre setores de serviços, varejo e tecnologia. "As empresas do setor de serviços, como lavanderias, lojistas e prestadores de manutenção, têm demonstrado maior adesão à telemedicina", observa Regiane.

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