SEXTA SEGURA
Seguro empresarial protege o estoque de PMEs contra roubos e desastres. Veja coberturas, custos e e como garantir a continuidade do negócio.
ILUSTRAÇÃO/CHATGPT
Armazém protegido por escudo contra incêndio, alagamento, e roubo, simbolizando seguro empresarial
Publicado em 12/9/2025 - 11h00
O estoque é, muitas vezes, o bem mais valioso de uma pequena ou média empresa (PME) e também um dos mais vulneráveis a imprevistos. Roubos, incêndios, alagamentos e até curtos-circuitos podem comprometer todo o investimento de um negócio em poucos minutos. Para reduzir esses riscos, o seguro empresarial surge como alternativa acessível e estratégica para o empreendedor.
"Essas coberturas são ajustadas conforme o perfil da empresa e o tipo de estoque armazenado. O objetivo é mitigar perdas e garantir a continuidade das operações mesmo após eventos críticos", afirma Helton Neroni, gestor da WIT Insurance, ao Economia Real.
Na Bradesco Seguros, existe um pacote simplificado, com opções pré-moldadas para facilitar a adesão das PMEs. "O produto é segmentado em nove grupos de atividades e oferece coberturas básicas para incêndio, queda de raio e explosão, além de coberturas acessórias como danos elétricos, vendaval, roubo, despesas fixas, diária e perda ou pagamento de aluguel. Essas coberturas englobam patrimônio e bens", afirma Leonardo Freitas, diretor comercial da companhia.
O custo é outro ponto de atenção para o empreendedor. "O seguro empresarial pode representar entre 0,1% e 1,5% do valor total segurado ao ano, dependendo do perfil da empresa", explica Neroni.
Já a Porto Seguro oferece pacotes adaptados para diferentes perfis de negócio. "Com planos a partir de R$ 40 por mês, as micros empresas com patrimônio de até R$ 1,5 milhão, por exemplo, podem ter a proteção ideal", afirma Jarbas Medeiros, diretor de Ramos Elementares e Vida da Porto Seguro.
Um dos erros mais comuns, segundo Medeiros, é acreditar que apenas o pacote básico é suficiente. "Essa economia pode gerar uma falsa sensação de proteção, expondo o negócio a perdas que podem comprometer a operação em caso de desastres".
Subestimar o valor do estoque ou dos bens leva a indenização insuficiente. Outro erro é não revisar a apólice anualmente, mesmo que o estoque varie muito", complementa o executivo da WIT.
Apesar da importância, a adesão ainda é baixa. Estimativas da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) mostram que menos de 30% dos pequenos empresários contratam seguro empresarial.
O processo de indenização, em geral, é rápido. "O prazo médio estimado costuma ser bem rápido, ocorrendo geralmente em torno de 20 dias, embora possa variar conforme complexidade do caso e documentação apresentada", destaca Medeiros.
Para aumentar o alcance, seguradoras têm apostado em tecnologia. "O setor tem avançado bastante com o uso de vistorias digitais, plataformas online de cotação e monitoramento remoto de riscos", observa Neroni.
Na Bradesco Seguros, a estratégia inclui inteligência artificial e chatbots. "A aquisição de seguros tornou-se mais ágil. A implementação de chatbots e assistentes virtuais proporciona um atendimento mais eficiente, respondendo rapidamente às consultas dos segurados", diz Freitas.
No caso da Porto Seguro, a digitalização também é prioridade. "A Porto Seguro utiliza diversas tecnologias para agilizar processos, como vistorias digitais, avaliação de riscos via análise de dados e abertura de sinistro via canais digitais", afirma Medeiros.