EM CURITIBA (PR)

Por ciúme, universitária transforma ex do namorado em sugar baby

Biomédica é vítima de perseguição virtual em Curitiba; ex de seu namorado cria perfis falsos com seus dados em sites adultos e religiosos.

REPRODUÇÃO/RECORD

Ilustração feita para equipe da Record para representar jovem vítima de perseguição virtual

Publicado em 30/6/2025 - 0h02

Uma biomédica foi vítima de perseguição virtual praticada pela atual companheira do seu ex-namorado em Curitiba (PR). De acordo com informações divulgadas neste domingo (29), a universitária teria cadastrado os dados da profissional da saúde em plataformas de relacionamento sugar, sites de conteúdo adulto e até em instituições religiosas. Após dois meses de investigação, a Polícia Civil do Paraná identificou a responsável e a indiciou por crimes relacionados ao cyberstalking.

A vítima, que teve sua identidade preservada pela equipe do Domingo Espetacular (Record), foi chamada de Júlia pela reportagem. Ela começou a receber mensagens de números desconhecidos no WhatsApp.

"Só naquele dia foram mais de 10, 15 homens que me mandaram mensagem. Percebi que era algo mais sério, que estavam passando a minha informação para outras pessoas que eu não conhecia. Por ter a minha foto, a minha imagem, poderia me prejudicar de alguma forma, às vezes até no trabalho", relatou Júlia à repórter Patrícia Ferraz.

Nos dias seguintes, mensagens suspeitas passaram a chegar também por e-mail, vindas de partidos políticos e de sites para venda de conteúdo adulto. "Na hora eu fiquei nervosa, com medo, porque não sabia por que tinha meu perfil nessas plataformas", desabafou a biomédica.

A situação se agravou quando uma dupla ligada a uma instituição religiosa apareceu na casa de Júlia. Segundo os representantes, ela teria solicitado uma visita após preencher um cadastro no site da organização — o que nunca aconteceu. Diante da gravidade do caso, a jovem registrou um boletim de ocorrência.

"Vimos que era algo mais peculiar, mais intenso. A autora usou dados verdadeiros da vítima, como telefone, endereço e fotografia para inscrevê-la em inúmeros portais com um potencial lesivo gigantesco. Identificamos diversas conexões de internet utilizadas na criação desses perfis falsos", explicou o delegado Thiago Lima, responsável pelo caso, que levou à atual namorada do ex-companheiro da vítima.

Segundo o delegado, a suspeita recebeu os policiais com tranquilidade e, aparentemente, admitiu o erro ao praticar os atos de perseguição digital.

Procurada pela reportagem, a mulher não respondeu aos questionamentos. Sua defesa alegou que não comentará o caso, pois o processo corre em segredo de justiça. "A mulher foi indiciada por falsa identidade e crime de perseguição. Ela está proibida de se aproximar de Júlia ou criar perfis em nome dela", concluiu a repórter.

Confira a reportagem completa:

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