MAGNA
Fundador da Magna, Jorge Melo criou o “Diretor de Vendas por Assinatura”, modelo que já movimentou R$ 400 milhões e revoluciona as PMEs.
DIVULGAÇÃO
Silvânio Azevedo, Jorge Melo e Victor Duarte, sócios da Magna; empresa foca em time comercial
Publicado em 20/10/2025 - 8h00
Depois de ver sua primeira empresa quebrar por falta de estrutura comercial, Jorge Melo decidiu transformar o erro em aprendizado — e, consequentemente, em negócio. À frente da Magna, ele criou o modelo de "Diretor de Vendas por Assinatura", que reduz até 85% dos custos operacionais das pequenas e médias empresas (PMEs) e já gerou R$ 400 milhões em vendas no primeiro ano de operação.
"Com quem é mais importante do que o que. Você pode acertar na estratégia, mas se errar nas pessoas, o resultado será comprometido”, afirma Melo, fundador e CEO da Magna, em entrevista ao Economia Real.
A ideia nasceu de sua própria trajetória, marcada por altos e baixos. Em 2010, após atingir o teto na empresa em que trabalhava, ele decidiu empreender. Comprava embalagens descartáveis de fábricas e revendia ao comércio local em Curitiba. O negócio cresceu rápido, mas faliu em 2013 após uma expansão precipitada.
O episódio o levou de volta ao mercado, onde encontrou na WiseUp um novo aprendizado. Como franqueado, liderou equipes e desenvolveu alta performance coletiva. "Aprendi que empreender é mais sobre pessoas do que sobre produto. A ambição me move, mas o propósito me guia", resume.
Durante essa trajetória, o empreendedor percebeu uma lacuna no ecossistema de pequenas e médias empresas: a falta de uma estrutura comercial sólida. "O Brasil é um país empreendedor, mas ninguém ensina a ser empresário. Muitos abrem um CNPJ e cometem erros básicos de gestão, especialmente em vendas", comenta.
Foi dessa constatação que nasceu a Magna, com o objetivo de profissionalizar o setor comercial das PMEs ao oferecer a inteligência de um diretor de vendas de alto nível, mas com custo compatível com a realidade de pequenos negócios.
A metodologia da Magna se apoia em três pilares (metodologia, tecnologia e educação) reunidos no conceito MGT&D. O processo identifica gargalos comerciais, mapeia oportunidades e desenha um plano diretor comercial sob medida para cada empresa.
A tecnologia permite que os empresários apliquem o método de forma autônoma, ao ampliar a escala e reduzir custos. Já o pilar educacional assegura que as lideranças compreendam o processo e o mantenham ativo, sem depender de consultorias externas.
"O mercado se cansou de consultorias e mentorias genéricas. As empresas querem resultado mensurável e inteligência aplicada ao negócio", explica Melo. No primeiro ano, o impacto foi imediato: empresas como Ricardo Viveiros & Associados, Doppus, Sabagram Group e Yampa movimentaram juntas mais de R$ 400 milhões em vendas após adotarem a metodologia.
O maior desafio, segundo o fundador, é educar o mercado sobre um serviço ainda inédito no país. "Estamos rompendo o padrão. Nosso trabalho é mostrar que estruturar o comercial não é luxo, é sobrevivência", afirma.
Com a demanda crescente, a Magna prepara novas soluções. As próximas metas incluem democratizar o Plano Diretor Comercial, criar uma academia para formar diretores de vendas e contribuir para reduzir a mortalidade das pequenas empresas brasileiras, que ainda enfrentam altos índices de falência nos primeiros anos.
"Lá na frente, quero olhar para trás e enxergar centenas de empresas que cresceram porque acreditaram em nossas soluções. Esse será o verdadeiro retorno do nosso trabalho", conclui Melo.