As 10 maiores 'pedras no sapato' de mil CEOs ao redor do mundo

Fatores econômicos e avanços tecnológicos têm impactado diretamente as decisões de líderes empresariais em todo o mundo. Esses elementos estão entre os dez principais riscos corporativos identificados por mais de mil CEOs entrevistados no estudo Top Risks, realizado pela consultoria global Protiviti em parceria com a Universidade Estadual da Carolina do Norte (EUA). Entre os maiores desafios, destacam-se as ameaças cibernéticas e a retenção de talentos.

"Ao longo de seus 13 anos de existência, essa pesquisa tem sido uma ferramenta estratégica essencial para executivos, oferecendo uma visão aprofundada não apenas sobre as tendências globais, mas também sobre as particularidades do mercado brasileiro", afirma Heloisa Macari, diretora-geral da Protiviti Brasil.

A última edição do levantamento ouviu 1.215 executivos de todo o mundo, sendo 60 no Brasil. Segundo Daniela Coelho, diretora de gestão de riscos e continuidade de negócios da Protiviti Brasil, três dos dez principais riscos apontados por executivos brasileiros estão relacionados à inteligência artificial (IA), além da atração e retenção de talentos qualificados.

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Embora seja possível gerenciar riscos como a atração e retenção de talentos com habilidades em IA por meio de investimentos adequados e ajustes nos processos, fatores como disponibilidade de profissionais qualificados e custo da mão de obra são influenciados por forças externas ao controle da gestão. Esses fatores podem afetar diretamente a capacidade das empresas de atingir suas metas de lucratividade", alerta Daniela.

Ela ressalta que muitos riscos podem ser antecipados e mitigados com planejamento e agilidade. No entanto, desafios econômicos e relacionados a capital humano nem sempre são previsíveis, exigindo resiliência e inovação constante por parte das lideranças.

Quais são os 10 maiores riscos para as empresas brasileiras?

Segundo o estudo, para os próximos dois a três anos, o maior risco para as empresas nacionais é a adoção de IA e outras tecnologias emergentes que exigem novas habilidades em escassez. Em seguida, aparecem as mudanças nas taxas de juros e demias condições econômicas, como o aumento da inflação.

Confira a lista completa:

1. Adoção de IA e outras tecnologias emergentes que exigem novas habilidades em escassez;
2. Mudança no ambiente atual de taxas de juros;
3. Condições econômicas, incluindo pressões inflacionárias;
4. Ameaças cibernéticas;
5. Capacidade de atrair, desenvolver e reter talentos de alto nível, gerenciar mudanças nas expectativas trabalhistas e lidar com desafios de sucessão;
6. Aumento nos custos trabalhistas;
7. Incapacidade de utilizar análises de dados rigorosas para obter inteligência de mercado e aumentar a produtividade e a eficiência;
8. Emergência de novos riscos com a implementação da inteligência artificial;
9. Acesso a capital/liquidez;
10. Facilidade de entrada de novos concorrentes ou outras mudanças no ambiente competitivo.

No recorte nacional, o estudo mostra que os gestores brasileiros se sentem mais positivos sobre a resiliência, agilidade e preparação de suas organizações para lidar com crises ou mudanças no mercado.