Família acusada de golpe de R$ 2 mi em venda de gado é presa no PA

Jozeilton Alves, o filho Jozeilton Filho Alves e a nora Avilha Costa Andrade foram presos durante a operação "Golpe de Azar", realizada pela Polícia Civil em Anapu, no interior do Pará. Segundo informações divulgadas na terça (5), o trio teria causado um prejuízo de R$ 2 milhões a fazendeiros da região ao receber o pagamento por cabeças de gado que nunca foram entregues.

De acordo com informações divulgadas pela edição do local do Cidade Alerta, da Record, o patriarca foi inicialmente apontado como líder de uma quadrilha especializada em aplicar golpes com vendas falsas de gado. Contudo, novos documentos e testemunhos levaram a polícia a reavaliar o caso.

Familiares afirmaram que Jozeilton também teria sido vítima do próprio filho, conhecido como Zezinho, que teria perdido parte do dinheiro dos investidores em jogos de azar. "O que ocorreu de fato foi uma operação comercial com prazo para pagamento. O senhor Jozeilton deu ao filho o prazo de 30 dias para quitar o gado vendido. Como o filho deixou o município, o pai ficou apreensivo, assim como os criadores. Inclusive, o pai registrou um boletim de ocorrência contra o próprio filho", afirmou Messias Costa, advogado de Jozeilton Alves.

Em vídeo enviado à Record, o patriarca se emocionou e disse: "Eu quero que a Justiça prove o mais rápido possível, porque é a dor de um pai. Passei dias dentro de um presídio, sofrendo injustamente. Minha vida foi trabalhar. Nunca roubei ninguém".

A Justiça concedeu liberdade condicional a Jozeilton após a apresentação de documentos que comprovaram negócios legítimos com algumas supostas vítimas. O juiz entendeu que não havia indícios claros de má-fé por parte dele. "O senhor Jozeilton opera na compra e venda de gado para frigoríficos há mais de oito anos, o que foi confirmado por pecuaristas locais", reforçou o advogado.

Zezinho segue preso e é investigado como o principal articulador do esquema fraudulento. Já a nora, Ávilha, foi solta pouco após a prisão. A defesa alega que as acusações contra ela são frágeis.

Em nota, os advogados de Zezinho e Ávilha afirmaram que a prisão foi injusta e que o caso se trata de um mal-entendido comercial. Segundo a defesa, dívidas pontuais foram interpretadas como crime, e algumas vítimas não sabiam que registrar boletim de ocorrência levaria à prisão do filho de Jozeilton. A defesa disse ainda que segue tomando medidas para provar a inocência dos envolvidos.