ZINZ
Startup Zinz conecta franqueados a prestadores e quer faturar R$ 2 milhões em 2025, com mais de 150 obras entregues no Brasil.
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Iuri Lenzi, CEO da Zinz; startup paranaense resolve obras de franqueados em todo o país
Publicado em 22/10/2025 - 8h00
Depois de ver dois empreendimentos não darem certo, os amigos Iuri Lenzi, Gustavo Pahl e Alisson Brito decidiram enfrentar um problema que todo franqueado conhece de perto: o atraso nas obras de novas unidades. A falta de mão de obra qualificada e a informalidade no setor de construção travavam inaugurações, comprometiam o faturamento das redes e atrasavam o retorno sobre o investimento. Foi assim que nasceu a Zinz, startup de construção civil que conecta franqueados a prestadores de serviço e pretende fechar 2025 com R$ 2 milhões de faturamento e mais de 150 obras entregues.
"O propósito que me move é transformar um setor que sempre funcionou à base do improviso em um mercado confiável e estratégico para os negócios", afirma Lenzi, CEO da Zinz, em entrevista ao Economia Real.
A ideia surgiu a partir das experiências anteriores dos sócios. Pahl, que atuava em uma empreiteira tradicional, lidava com atrasos e falhas na execução das obras. Lenzi passou pelo mesmo desafio ao tocar uma obra própria e percebeu como a falta de organização prejudicava empresas e clientes.
Com o apoio de Brito, especialista em tecnologia, os três decidiram estruturar uma solução que desse previsibilidade a um setor historicamente informal. A startup centraliza todas as etapas da obra comercial em um único ambiente digital: o franqueado contrata, paga e acompanha cada fase dentro da plataforma, que também reúne arquitetos e empreiteiros homologados.
O pagamento ocorre apenas após a aprovação do cliente, o que reduz riscos e garante mais segurança. "O franqueado não precisa mais lidar sozinho com prazos e repasses. Toda a gestão da obra fica dentro da plataforma, com apoio constante do nosso time de Customer Success", explica o empreendedor.
O modelo resolve um dos maiores gargalos do mercado de franquias. Cada atraso afeta o cronograma de inauguração e o fluxo de caixa das redes. Com a Zinz, as obras seguem padrões arquitetônicos, prazos definidos e regras claras entre todas as partes envolvidas. A empresa atua como um elo de confiança, ao assegurar que a obra seja concluída dentro do orçamento e sem surpresas.
Em pouco tempo, o modelo mostrou força. A startup mantém NPS acima de 80 pontos, índice considerado excelente no mercado. Hoje, são 310 marcas franqueadoras parceiras, quase 5 mil prestadores cadastrados e operações em 16 estados e 106 cidades. O volume de obras transacionadas já ultrapassa R$ 12 milhões, reflexo direto da organização e da segurança oferecidas pela plataforma.
O crescimento atual contrasta com o início turbulento da operação. No primeiro modelo de negócio, a Zinz vendia parcelado em boleto e adiantava valores aos prestadores. A inadimplência aumentou e o caixa entrou em colapso.
"Houve momentos em que questionei se valia a pena continuar. Foi um choque de realidade: ou mudávamos radicalmente, ou a história da empresa acabaria ali", relembra o CEO.
A virada ocorreu após uma reestruturação completa. Os sócios cortaram custos, revisaram processos e reformularam o modelo financeiro. A empresa passou a priorizar obras de médio porte, vinculou os pagamentos à aprovação do cliente e criou camadas de proteção, como o seguro de obra.
O ajuste funcionou. A Zinz entrou em fase de consolidação e se prepara para uma nova rodada de captação de R$ 4 milhões. O plano prevê dobrar o tamanho da operação até 2026, alcançar R$ 25 milhões em obras intermediadas e atingir um milhão de metros quadrados reformados até 2030.
Mais do que uma startup de tecnologia, a Zinz busca mudar a cultura do setor de construção e franchising no Brasil. "A cada projeto concluído com segurança, ajudamos franqueados, franqueadoras e fornecedores a atuar em um mercado mais transparente, confiável e profissional", conclui Lenzi.