NOVO MERCADO

NFL deixa de ser esporte de nicho e já impacta varejo e logística

NFL conquista o Brasil: vendas de camisetas oficiais sobem 33% em agosto e devem crescer mais em setembro, mostrando o impacto do esporte no varejo.

REPRODUÇÃO/NFL BRASIL

Carson Wentz, jogador da NFL; liga de futebol americano cresce no Brasil e impacta varejo

Publicado em 20/9/2025 - 8h00

A NFL deixou de ser apenas um campeonato distante dos brasileiros e ganha cada vez mais destaque no país. O interesse crescente já aparece no consumo: as vendas de camisetas oficiais da liga cresceram 33% em agosto na Centauro e a expectativa é de novo avanço em setembro. Por isso, a empresa já revê suas estratégias para conseguir fisgar esse público de amantes do futebol americano.

"Há um crescimento consistente da presença feminina, além do interesse de adolescentes e jovens adultos que se aproximam da NFL por meio da cultura pop, das redes sociais e da música. Esse movimento mostra que o esporte está cada vez mais conectado ao lifestyle e não apenas à prática esportiva em si", afirma Pedro Mendes, diretor Comercial da Centauro, em entrevista ao Economia Real.

Mesmo com essa diversificação, a maioria do público da NFL ainda é formada por pessoas de 25 a 40 anos. Para dar conta da demanda concentrada no segundo semestre, a rede ajustou logística e sortimento.

"Esse processo inclui o aumento de estoques em centros de distribuição estratégicos, a antecipação de compras dos produtos mais procurados e o reforço na logística de transporte para garantir agilidade tanto no e-commerce quanto nas lojas físicas", explica Mendes.

Hoje, os itens oficiais estão disponíveis em 55 lojas físicas e no e-commerce, canal que tem ajudado a ampliar o alcance em regiões onde a rede não está presente. Entre os produtos mais vendidos, as camisetas seguem como porta de entrada, mas as jerseys (uniformes oficiais dos times, semelhantes aos que os jogadores usam em campo) ganham cada vez mais espaço. Por serem peças icônicas e de maior valor agregado, ajudam a elevar o ticket médio das vendas.

As jerseys têm uma aceitação melhor pelo público mais fã do esporte, enquanto as camisetas são mais democráticas e conectam novos torcedores ao universo da NFL", completa o executivo.

O comportamento de compra, segundo Mendes, é semelhante nos canais físico e digital, o que reforça a característica multicanal desse consumidor. "Ele pesquisa online, experimenta em loja, compra no digital ou faz o caminho inverso. Nosso desafio é garantir que a experiência seja fluida em qualquer ponto de contato", diz.

Além das vendas, experiências presenciais também entram na estratégia. Para a NFL, a Centauro estuda modelos semelhantes aos que já testou em outros campeonatos, como a Champions League, quando promoveu watch parties em lojas, com clima de arquibancada, jogos de entretenimento e pipoca para os torcedores.

"Acreditamos que o Brasil tem grande potencial para se consolidar como um polo de eventos e experiências ligados à NFL, considerando o crescimento da base de fãs e o interesse cultural que o esporte vem despertando", avalia.

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