UNICÓRNIO DOCK

Tecnologia por trás de 1,9 bi de Pix é exportada para Colômbia; entenda

DIVULGAÇÃO/DOCK

Imagem de Anderson Olivares, general manager da Dock na América Latina

Anderson Olivares, general manager da Dock na América Latina; empresa exporta tecnologia Pix

Publicado em 13/6/2025 - 12h00
Atualizado em 13/6/2025 - 14h00

Após processar 1,9 bilhão de transferências via Pix apenas em 2024, a Dock assumiu um novo desafio: ajudar a Colômbia a implementar seu próprio sistema de pagamentos instantâneos. Batizado de Bre-B, o "Pix colombiano" estreia em setembro, e o unicórnio brasileiro é protagonista na exportação dessa tecnologia financeira.

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"Muitos reguladores e bancos centrais estão criando sistemas inspirados no que o Banco Central do Brasil construiu. Participamos de diversos eventos globais para compartilhar essa experiência. A estratégia de internacionalização da Dock foi um movimento natural. Nossa atuação com o Pix é um diferencial competitivo e global", afirma Anderson Olivares, líder (general manager) da Dock na América Latina, em entrevista ao Economia Real.

Para tirar o Bre-B do papel, a Dock leva sua tecnologia para o Credibanco, uma das maiores redes de adquirência da Colômbia — equivalente a empresas como Stone, Rede e Cielo no Brasil. "Eles têm mais de 300 mil pontos de venda físicos. Nós entramos com a tecnologia, eles com a capilaridade. Juntos, já nascemos grandes no país", comenta Olivares.

Desde 2022, a companhia de serviços financeiros brasileira conta com o status de unicórnio (quando uma startup passa a ser avaliada em US$ 1 bilhão ou mais sem ter aberto capital na bolsa de valores). Atualmente, a operação internacional já representa mais de 10% do faturamento da Dock, e esse número está em ascensão.

Nos orgulhamos de fazer parte da transformação digital da América Latina com uma tecnologia brasileira, pensada para democratizar o acesso a serviços financeiros", reforça Olivares.

A infraestrutura da Dock foi projetada para operar com múltiplas moedas (como o peso colombiano, o peso mexicano e o dólar) e já atende clientes em 11 países. Essa base tecnológica multimoeda, em nuvem e totalmente integrada via APIs permite que empresas latino-americanas utilizem a mesma solução em diferentes mercados.

Terras de oportunidade

Segundo Olivares, a América Latina vive uma fase intensa de transformação digital no setor bancário. Mesmo assim, a baixa bancarização e a conectividade limitada ainda são barreiras em muitos países.

"O México, por exemplo, lançou um sistema de pagamento instantâneo antes mesmo do Brasil, mas ele não prosperou porque a população ainda não tinha acesso massivo a contas digitais. No Brasil, o cenário foi diferente: a digitalização veio antes do Pix, com fintechs e contas digitais chegando à base da pirâmide", diz o executivo.

Agora, como a Colômbia segue o modelo brasileiro, a expectativa é repetir lá o sucesso daqui. E outros países já demonstraram interesse. "A cada semana, somos procurados por bancos e reguladores interessados em desenvolver seus próprios sistemas de pagamentos digitais com base na nossa experiência", destaca.

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