SODERHEM SENIOR LIVING

Nada de asilo: A empresa que vai construir prédio para os 'jovens de 60'

DIVULGAÇÃO/SODERHEM

Imagem criada pela equipe da Soderhem para ilustrar ideia do projeto imobiliário da companhia

Imagem criada pela equipe da Soderhem para ilustrar ideia do projeto imobiliário da companhia

Publicado em 8/8/2025 - 8h00

Com o aumento da expectativa de vida dos brasileiros, a economia prateada ganha força e abre novas oportunidades de negócio. De olho nesse mercado promissor, as amigas (e sócias) Daline Hällbom e Beatriz Pons fundaram a Söderhem Senior Living, empresa que pretende lançar, já no próximo ano, um residencial voltado para idosos independentes no Brasil — inspirado em modelos bem-sucedidos da Europa.

"Queremos fazer um prédio onde as pessoas possam viver bem e com autonomia. Nosso foco é o jovem de 60 anos", resume Daline, fundadora com carreira no mercado imobiliário, em entrevista ao Economia Real.

A proposta vai além da infraestrutura adaptada e rompe com o modelo tradicional de asilo: o objetivo é criar moradias para idosos que promovam bem-estar, socialização e senso de pertencimento.

A inspiração veio da Suécia, onde as sócias viveram e observaram de perto os avanços da habitação para a terceira idade. "Tem Senior Living lá com lista de espera de 15 mil pessoas. É um modelo que promove saúde e felicidade, com impacto direto na qualidade de vida", afirma Beatriz, arquiteta especializada em projetos sênior.

O primeiro empreendimento da marca será erguido na Lagoa da Conceição, cartão-postal de Florianópolis (SC), com previsão de entrega até 2028. A proposta é oferecer apartamentos amplos, com cerca de 50 m², voltados ao público de alta renda que deseja um envelhecimento ativo, com conforto e liberdade.

A taxa de condomínio será mais elevada do que a de um imóvel tradicional, por incluir serviços e estruturas como enfermaria opcional, sensores de movimento, além de áreas comuns voltadas à convivência e atividades coletivas.

O idoso vai morar num apartamento bonito, com janelas mais baixas, sem desníveis, revestimentos sem brilho e espaço para circular com andador ou cadeira de rodas. E o mais importante: tudo favorece os encontros casuais, os vínculos e a vida em comunidade", detalha Beatriz.

diVULGAÇÃO/SODERHEM

Sócias da empresa

Daline Hällbom e Beatriz Pons, sócias da Söderhem

Os próximos passos do negócio

O projeto encontra-se em fase de estruturação financeira. A empresa busca um fundo de investimento para aquisição do terreno e já selecionou uma incorporadora parceira. "Diferente do padrão do mercado, queremos ser as operadoras do empreendimento também. Nosso compromisso é de longo prazo", afirma Daline.

Com 15% da população brasileira já acima dos 60 anos, e previsão de que esse número dobre até 2050, as fundadoras enxergam enorme potencial para o modelo. A Söderhem, que significa "lar do sul" em sueco, começará pelo público de alta renda, mas já planeja, no futuro, parcerias com políticas públicas para levar o conceito ao Minha Casa Minha Vida e às faixas de renda mais baixas.

"Essa economia movimenta R$ 1,6 trilhão por ano no Brasil. Mas além do mercado, há um propósito: queremos transformar a forma como a terceira idade vive no país", conclui Daline.

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