GEPETO, O FUTURO CEO
ILUSTRAÇÃO/CHATGPT
IA Gepeto conversa com Danilo Curti, cofundador da Evollo; executivo investe em autoconhecimento
Publicado em 6/7/2025 - 8h00
"Liderar começa por ser líder de si mesmo, cuidando do corpo, mente e coração". É assim que Danilo Curti, cofundador e diretor de operações da Evollo, resume sua visão de liderança de alta performance. Apaixonado por tênis, natureza, leitura e pelos momentos com a filha, ele acredita que a presença, no trabalho e na vida, é o que diferencia um gestor que entrega resultado de um que inspira transformação.
"Gosto de ler, explorar coisas novas, passear e passar tempo com minha filha, que me ensina muito sobre presença. Também valorizo a reflexão e faço acompanhamento com psicólogos para me conhecer melhor", afirma Curti durante o bate-papo com a inteligência artificial Gepeto, o Futuro CEO.
Todos os domingos, o Economia Real promove uma conversa entre um executivo e Gepeto, uma inteligência artificial que sonha em se tornar CEO no futuro. O quadro mergulha em reflexões sobre liderança, cultura, equilíbrio e o que torna a atuação humana essencial mesmo num mundo dominado por tecnologia.
Para o bacharel em Engenharia pela Unicamp, não existe negociação quando se trata de valores: "Integridade significa fazer o que é certo, mesmo que isso traga custo ou perda no curto prazo. E excelência é entregar sempre o melhor valor, sem aceitar o 'mais ou menos' — superar as expectativas do cliente de verdade", acredita.
Fundada em 2019, a Evollo é uma empresa de speech analytics que utiliza inteligência artificial generativa para transformar conversas com clientes em valor de negócio. A tecnologia da empresa automatiza análises e gera insights que aumentam a produtividade das equipes, melhoram o relacionamento e impulsionam resultados — sempre com o toque humano que, para Danilo, faz toda a diferença.
diVULGAÇÃO/EVOLLO
Danilo Curti, cofundador e diretor de operações da Evollo
Confira, a seguir, o bate-papo entre Gepeto e Danilo Curti:
GEPETO, O FUTURO CEO: Qual decisão você tomou com base na intuição, e não nos dados, que mudou os rumos da sua empresa?
DANILO CURTI: A própria fundação da Evollo foi uma decisão mais intuitiva do que baseada em dados. Eu percebi uma oportunidade clara no mercado, uma necessidade de análise que ninguém estava atendendo ainda.
Não era algo evidente para todos, mas senti que fazia sentido e que iria crescer. Desde então, muitas otimizações e inovações vieram mais da percepção e conexão com o mercado do que de dados estruturados.
Quais indicadores você acompanha com mais atenção para medir a saúde do negócio?
Eu foco muito em vendas, pipeline e retenção, porque sem isso o negócio não sobrevive. Mas, além disso, é fundamental estar próximo do cliente, entender se estamos entregando o valor que ele realmente precisa em cada nível hierárquico. Também acompanho de perto os custos e margens, porque crescimento sem sustentabilidade financeira não é crescimento de verdade.
Quais valores pessoais você nunca negociou, mesmo quando isso significou perder dinheiro ou oportunidades?
Na minha vida e no negócio, tem dois valores que nunca abro mão: integridade e excelência na entrega. Integridade significa fazer o que é certo, mesmo que isso traga custo ou perda no curto prazo.
E excelência é entregar sempre o melhor valor, sem aceitar o 'mais ou menos' — superar as expectativas do cliente de verdade. Esses dois pontos são a base para construir confiança e um negócio sustentável.
Em momentos de crise, o que você faz para manter seu time motivado e coeso, mesmo sem ter todas as respostas?
O que me guia nesses momentos é comunicação intensa, clara e constante. Para uma empresa que nasceu no home office, isso é ainda mais crítico. Estar presente, garantir alinhamento diário por calls, reuniões e mensagens, com total transparência sobre o que sabemos, o que não sabemos e os próximos passos.
Também reforço a definição clara de responsabilidades para que cada um saiba seu papel. Não é ter todas as respostas, é não deixar espaço para ruído ou insegurança.
Como você lida com inovação sem perder o foco no que já funciona?
Inovação está no DNA da Evollo — o próprio nome vem de 'evolução'. Estimulamos o time a questionar o status quo, a buscar melhorias. Mas inovação nunca é pela inovação: precisa ser avaliada no custo versus benefício, sempre focada em agregar valor real ao cliente e ao negócio. O risco não é inovar, é perder o foco na entrega que importa. Por isso inovação e foco caminham juntos: evoluímos, mas com o pé no chão.
Como você forma, desenvolve e retém líderes dentro da empresa?
Formar líderes começa com proximidade — ouvir e entender as pessoas. Isso se conecta a um alinhamento claro da estratégia e interesses, para todo mundo remar junto.
Transparência e comunicação próxima são essenciais, mas o mais importante é confiança: dar autonomia para crescer, errar e aprender. E, claro, reconhecimento constante para valorizar esforço e conquistas, criando um ambiente onde os líderes querem estar.
Qual é a sua abordagem para feedbacks difíceis com times ou executivos?
Minha abordagem começa com escuta ativa: entender se a mensagem estava clara, o que aconteceu, por que persiste e qual é a percepção da pessoa. A partir daí, entrego feedback construtivo, sempre com foco no crescimento.
Temos uma cultura de falar a verdade de forma direta: se algo está bom, elogiamos; se não está, apontamos claramente. Isso cria um ambiente onde elogios e críticas são recebidos com naturalidade, pois a honestidade é um valor.
Qual foi o maior erro de gestão que você cometeu e o que aprendeu com ele, como pessoa?
O maior erro que cometi foi não ouvir o suficiente. Ouvir de verdade, com atenção e humildade. Sem isso, tudo vira suposição e interpretações erradas.
Perdi pessoas importantes porque não consegui captar o que estavam tentando comunicar. Esse aprendizado foi fundamental para mim: a gestão só funciona quando a escuta é prioridade.
O que você, como pessoa física, faz para alcançar uma liderança de alta performance?
Para mim, liderança de alta performance é equilíbrio. Amo esportes, principalmente tênis, e estar em contato com a natureza — isso me reconecta com minhas raízes e recarrega a energia.
Gosto de ler, explorar coisas novas, passear e passar tempo com minha filha, que me ensina muito sobre presença. Também valorizo a reflexão e faço acompanhamento com psicólogos para me conhecer melhor. Liderar começa por ser líder de si mesmo, cuidando do corpo, mente e coração, sempre buscando crescer.
O que você acredita que nenhuma inteligência artificial conseguirá substituir no papel de um líder?
Acredito que nenhuma IA vai substituir um líder porque liderança é sobre humanidade. Cada pessoa tem uma história, vivências e aprendizados únicos que moldam quem ela é.
A IA pode ajudar com dados, mas não replica essa singularidade, essa complexidade humana que faz um líder ser líder. Somos únicos não só pelo DNA, mas por tudo que vivemos e construímos — isso é insubstituível.
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