BOLO DA MORTE

Por ciúme, adolescente envenena duas meninas na Grande SP; uma morreu

REPRODUÇÃO/GLOBO

Montagem com Ana Luiza Neves e Kamilly Nogueira

Ana Luiza Neves e Kamilly Nogueira foram envenenadas por adolescente; a primeira morreu

Publicado em 9/6/2025 - 12h42

As estudantes Ana Luiza Neves e Kamilly Nogueira, ambas de 17 anos, foram envenenadas com doces contaminados por trióxido de arsênio nas últimas semanas. Ana morreu no dia 31 de maio, enquanto Kamilly sobreviveu e se recupera em casa. Segundo informações divulgadas neste domingo (8), uma outra adolescente da mesma idade confessou ter sido a autora dos atos infracionais, motivada por ciúme.

"Conversando com ela, acabou por admitir a autoria dos dois fatos. Mas, em nenhum momento, demonstrou um grande arrependimento. Ao se deparar com a mãe chorando, ela também entrou em prantos", relatou o delegado Vitor Santos e Jesus, da Polícia Civil de São Paulo, em entrevista ao Fantástico, da Globo.

Para identificar a jovem, cuja identidade foi preservada, os investigadores refizeram o caminho das entregas e descobriram que os dois bolos envenenados haviam sido comprados na mesma loja e entregues com bilhetes semelhantes.

"Ao rastrearmos os passos da entrega, chegamos à residência do motoboy, que confirmou o endereço onde havia retirado o bolo. Lá, encontramos uma família e identificamos que uma das filhas possuía as mesmas características físicas descritas pelas vítimas. Não houve dúvidas de que era a mesma pessoa", complementou o delegado.

De acordo com o repórter Estevan Muniz, a menor infratora confessou à polícia que colocou veneno nos doces por ciúme. Ela disse acreditar que as vítimas apenas passariam mal.

Ela afirmou ter ficado chocada ao saber da morte de Ana Luiza. Alegou ainda enfrentar problemas psicológicos e que não conseguiu controlar seus impulsos", informou Muniz.

O pai de Ana Luiza, Sílvio Ferreira das Neves, contou ao Fantástico que a autora do crime era amiga da filha e chegou a dormir na casa da família no final de semana em que o envenenamento ocorreu.

"Essa menina é calculista! Ela vinha pra cá, comia, dormia, usava a maquiagem e as roupas da minha filha. Viu minha filha vomitando, passando mal e estava aqui quando a Ana desmaiou. Quando recebi a notícia da morte da minha filha, essa menina estava aqui, me abraçou e falou: 'Tio, vai ficar tudo bem'", relatou Neves.

A adolescente infratora está internada na Fundação Casa e pode cumprir até três anos de reclusão, por se tratar de menor de idade, como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

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