Idoso transforma vida da vizinha em inferno no PR: 'Só quero paz'

A médica veterinária Giovana Nantes Giacomini não mora mais na própria casa adquirida há cinco anos em Foz do Iguaçu (PR) devido as perseguições do vizinho José Vicente Tezza, de 76 anos. Neste período, o idoso já ameaçou a profissional da saúde de morte e depredou o imóvel repetidas vezes. "Só quero viver em paz", desabafou.

"Ele já cortou a minha cerca 12 vezes. Quando comprei a casa, o antigo dono me disse: 'Olha, você vai se arrepender'. Achei que era uma briga de vizinhos. Eu só quero viver em paz", afirmou Giovana em entrevista ao Fantástico, exibido pela Globo no domingo (18).

Além de depredar o patrimônio, Tezza xingou a vizinha inúmeras vezes e até confessou ter matado cachorros com a própria mão. "É uma vagabunda e encerrou o papo", gritou o idoso em um dos vídeos exibidos no material.

Segundo Giovana, as agressões ocorrem desde o primeiro dia em que ela está presente no imóvel. "No dia que comprei a casa, ele cortou a cerca elétrica”, relembrou. Ela acionou a polícia e obteve uma medida protetiva que impede o idoso de se aproximar. Mesmo assim, os episódios de intimidação continuam.

Você fala: 'E agora, o que eu faço?' Minha mãe contou para ele que era meu sonho ter essa casa, pois morava de aluguel. Ele respondeu: 'Não, a casa dela vai ser no cemitério São João Batista'", disse a profissional ao citar o nome do cemitério do município paranaense.

Outros moradores do bairro também relataram o comportamento agressivo do idoso. "Um amigo meu alugava uma casa e, enquanto ele assava uma carne, o idoso colocou uma escada no muro, subiu e jogou água no churrasco. Às vezes, ele invade as casas e mata os cachorros, coloca veneno", contou o empreendedor Luiz Alberto Sintonion ao repórter Ben-Hur Correia.

Defesa alega problemas psiquiátricos

Ao Fantástico, a defesa do idoso informou que ele enfrenta problemas psiquiátricos e segue em tratamento com medicamentos controlados. Segundo os advogados, ele não teria intenção de causar mal à vizinha, e a família tenta buscar apoio médico para lidar com a situação.

O processo ainda está em fase de instrução. Até o julgamento, Giovana segue fora de casa e sob proteção policial. "Essa é a casa que comprei com o dinheiro do acidente que matou meu marido. Eu só queria paz", finalizou.