'MINHA HISTÓRIA'
REPRODUÇÃO/RECORD
Pedro Bosco de Menezes; Mineiro de 82 anos vive em busca de descobrir quem é seu verdadeiro pai
Publicado em 19/5/2025 - 15h41
Pedro Bosco de Menezes luta na Justiça para comprovar que é filho do fazendeiro Pedro Cecílio Porto, conhecido como Polego, morto há 22 anos. Caso consiga o reconhecimento de paternidade, o aposentado de 82 anos poderá ter direito a uma herança milionária, composta por fazendas, imóveis e gado em Pompéu (MG). No entanto, a ausência de um exame de DNA e a cremação dos restos mortais do empresário dificultam o andamento da disputa judicial.
"Mais do que a herança, eu quero encerrar essa dúvida. É a minha história que está em jogo", afirmou Menezes em entrevista ao Domingo Espetacular, da Record, exibida no domingo (18).
A suspeita de que Menezes seria filho do produtor rural surgiu em 1968, durante uma visita ao padrinho, Pedro Cecílio, que lhe perguntou: "Você foi na fazenda do seu pai?". A mãe nunca confirmou oficialmente, mas uma amiga próxima teria revelado que ela admitiu manter uma relação extraconjugal com Polego, então casado.
No registro civil, o pai de Pedro Bosco é Pedro Gonçalo de Menezes. Desde 2007, ele já gastou aproximadamente R$ 60 mil com advogados e deslocamentos em busca do reconhecimento de paternidade.
Em 2020, chegou a obter uma decisão favorável, mas a Justiça anulou a sentença por falhas na notificação dos herdeiros legais do fazendeiro: Experidião Porto e Geraldo Porto.
Os irmãos não compareceram ao laboratório designado para o exame de DNA e alegaram que não foram devidamente notificados. "Esperamos que a Justiça resolva, e vamos acatar o que ela decidir", declarou Experidião à reportagem.
O caso se tornou mais complexo após a cremação dos restos mortais de Pedro Cecílio, o que inviabilizou um teste genético direto. O processo está parado desde 2023, quando o contrato entre o Tribunal de Justiça de Minas Gerais e os laboratórios responsáveis por exames de DNA foi encerrado. A defesa de Pedro Bosco argumenta que a Justiça deveria autorizar a coleta de material genético de parentes vivos do fazendeiro, o que ainda não ocorreu.
Enquanto a disputa judicial por herança segue indefinida, Menezes vive com a esposa em uma casa alugada. Caso consiga vencer a ação, o idoso pretende usar parte do valor para cuidar da companheira, diagnosticada com Alzheimer. "Quero comprar cama especial, cadeira de rodas, andador. A vida dela depende disso", desabafou.
Confira a reportagem na íntegra: