O que ninguém te conta sobre imagem e confiança no trabalho

O que a forma de se vestir revela sobre a sua empresa? E, mais ainda: o que ela esconde? Se você ainda acredita que "aqui pode tudo" é sinônimo de cultura leve, cuidado. Liberdade sem contexto é desorganização com roupagem cool.

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Roupa não é apenas uma escolha estética. É leitura de ambiente, é comunicação não verbal, é cultura organizacional traduzida em decisões cotidianas.

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A vestimenta corporativa funciona como um código silencioso de pertencimento, um sinal de que alguém entendeu onde está — e também como um espelho da régua da liderança.

Não se trata de exigir blazer ou camisa social. Trata-se de compreender o que o moletom comunica. A pergunta certa não é "pode ou não pode?", mas sim: "O que sua escolha de hoje comunica sobre quem você é e o que representa dentro da empresa?".

Para evitar ruídos na forma como a imagem pessoal impacta a cultura da empresa, é fundamental criar um guia simples de vestimenta baseado em comportamento e coerência cultural — e não apenas em padrões estéticos.

Líderes devem ser exemplos vivos da cultura, não fiscais do guarda-roupa alheio. Também é importante promover conversas abertas com o time: em que situações a forma de se vestir reforça, ou enfraquece, a mensagem institucional?

A cultura aparece até no espelho. E começa antes da primeira palavra. Embora a roupa não sustente a entrega, ela pode comprometer a confiança. E o que a gente veste, ou permite vestir, diz muito sobre o quanto essa cultura é, de fato, vivida.

*As opiniões do colunista não refletem, necessariamente, o posicionamento do Economia Real.