HORA DE ATITUDE!
ILUSTRAÇÃO/CANVA IA
Ilustração gerada por inteligência artificial exemplifica paralelo vivenciado pelos líderes
Publicado em 19/6/2025 - 14h00
Tem gente que acha que liderança é sinônimo de popularidade. Postar frases motivacionais, fazer reuniões de acolhimento e nunca frustrar ninguém. Só que o mercado real segue outra lógica: ou você é líder, ou você tenta agradar. Os dois, ao mesmo tempo, não dá.
Segundo um estudo da McKinsey & Company, apenas 1 em cada 10 líderes é percebido por suas equipes como alguém que mantém consistência ao tomar decisões difíceis. O restante hesita, recua, busca consenso a qualquer custo e evita confronto. Traduzindo: lidera no modo “quem quer ser amado”, e não no modo “quem quer entregar resultados”.
Essa estatística joga luz em uma verdade incômoda: em muitas empresas, ser “bonzinho” virou sinônimo de boa liderança — mesmo quando os resultados não aparecem. Só que a cultura do afago tem um custo. E quem paga a conta é o time.
Quando o líder deixa de dar um feedback corporativo para não magoar.
Quando evita um corte necessário para não desagradar.
Quando segura um “sim” ou um “não” porque quer “pensar melhor”.
O time percebe. E perde o respeito.
Tomar decisões impopulares não é falta de empatia. É excesso de responsabilidade.
O líder que evita desconfortos a qualquer custo está, na prática, abandonando o barco na hora mais difícil. Porque liderar de verdade é segurar o leme mesmo quando o mar revolta. É saber dizer “não”. É fazer o que precisa ser feito.
E isso, quase sempre, não vem com aplausos. Vem com cobrança, resistência e aquele silêncio atravessado na reunião. Mas é aí que mora a liderança real.
Ser justo, ser claro, ser firme: é isso que constrói confiança organizacional de verdade. Não é sobre ser rude, nem autoritário. É sobre ter coragem de escolher o certo, mesmo quando o fácil sorri para você.
E você? Vai seguir liderando para agradar? Ou vai entregar o que o seu time realmente precisa: direção, coragem e clareza na liderança?
*As opiniões do colunista não refletem, necessariamente, o posicionamento do Economia Real.
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