TALENTO EM FUGA

O erro das empresas que tentam matar o trabalho híbrido

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Pessoa em reunião online pelo notebook

Pessoa em reunião online; Geração Z busca autonomia com responsabilidade no modelo híbrido

Publicado em 7/8/2025 - 6h00

O modelo híbrido de trabalho deixou de ser tendência e se consolidou como uma realidade permanente no mundo corporativo. Para a Geração Z, que ingressou no mercado já nesse novo formato, o desafio está em equilibrar liberdade com responsabilidade. Para os gestores, o cenário é ainda mais complexo: manter produtividade, engajamento e cultura organizacional à distância exige novas habilidades de liderança.

"Não dá para pensar em voltar ao modelo 100% presencial. O modelo híbrido se consolidou, e isso é ainda mais forte para os jovens", afirma Maria Sartori, diretora de mercado da Robert Half, em entrevista ao Economia Real.

Segundo a especialista, empresas que tentam retroceder ao modelo tradicional perdem talentos e competitividade. "O que mais escuto de candidatos é: 'vou até aceitar um modelo híbrido, mas preciso ter liberdade para administrar meu tempo e mostrar resultado'. O profissional quer ser avaliado por entrega, não por presença física", comenta.

A consultoria em recrutamento e seleção aponta que o equilíbrio entre autonomia e produtividade será o grande diferencial das empresas nos próximos anos.

Nesse contexto, a comunicação transparente e o alinhamento de expectativas entre líderes e liderados ganham ainda mais relevância. "É preciso haver uma estrutura clara: metas bem definidas, acompanhamento consistente e gestão baseada em confiança", destaca.

De acordo com a especialista, o modelo híbrido bem estruturado pode, inclusive, elevar o desempenho da equipe. "Quando a empresa oferece flexibilidade com responsabilidade, o time tende a performar melhor. A cobrança vira parceria e o ambiente se torna mais saudável", diz.

Ela reforça que o mercado já não se move apenas por salários altos. Qualidade de vida, autonomia e propósito estão entre as principais prioridades dos profissionais, especialmente os da Geração Z. "Empresas que não se adaptarem ao novo jogo correm o risco de perder a próxima geração de talentos", conclui.

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