GUILHERME MARTINS
Startup simplifica o desenvolvimento mobile e já movimenta mais de R$ 1 bi com apps mais rápidos, personalizados e com quase zero falhas.
DIVULGAÇÃO/EITRI
Guilherme Martins, cofundador da Eitri, transforma o desenvolvimento de apps no Brasil.
ERICK MATHEUS NERY & EVELYN LUDOVINA
nery@economiareal.com.brPublicado em 30/10/2025 - 8h00
Guilherme Martins se tornou um dos principais nomes no mercado de desenvolvimento de aplicativos no Brasil. Depois de anos de estudo e entendimento das dores do mercado mobile, ele fundou a Eitri em 2024 e impulsionou mais de R$ 1 bilhão em vendas por meio de aplicativos criados na plataforma.
"Desenvolver aplicativos sempre foi algo complexo e custoso. Foi daí que surgiu a ideia de trazer o processo de forma mais simples, com o objetivo de popularizar o mercado de aplicativos por meio de uma plataforma que acelerasse esse desenvolvimento. A resposta foi excelente, e hoje colhemos os frutos dessa aposta", afirma Martins, cofundador da Eitri, em entrevista ao Economia Real.
A aposta da empresa foi simplificar o que antes era um processo caro, lento e restrito a grandes equipes técnicas. Com uma arquitetura flexível, a Eitri reduziu falhas técnicas quase a zero e acelerou os resultados de grandes varejistas, tornando o desenvolvimento de apps algo acessível, ágil e personalizável.
A proposta nasceu após anos de experiência no setor de tecnologia mobile. Martins e os sócios perceberam que, na lógica tradicional, os apps de e-commerce eram desenvolvidos com códigos fechados, o que dificultava sua evolução e integração. Ao adotar código aberto e permitir que parceiros do próprio ecossistema criassem as interfaces, a Eitri passou a oferecer velocidade, autonomia e escalabilidade para as empresas.
O app da C&A simbolizou essa virada: correções que levavam 45 dias passaram a levar apenas quatro. O aplicativo, que antes era secundário, se tornou o principal canal de relacionamento com os clientes da marca.
O modelo também trouxe resultados imediatos para outras companhias que migraram de plataformas instáveis. As falhas caíram de aproximadamente 3% para 0,02%. Apenas em setembro, a Eitri colocou cinco novos apps no ar, alcançou mais de 120 mil usuários, elevou a conversão em 40% e o ticket médio em 25%.
Esses resultados comprovam nossa tese: o desenvolvimento e a customização podem ser feitos por parceiros do ecossistema de agências de e-commerce, garantindo escala e qualidade", explica Martins.
O empreendedor conta que o maior desafio foi pessoal: sair da zona técnica e assumir um papel mais comercial. A experiência reforçou a importância de comunicar o valor do produto e manter o foco nas dores do cliente, não apenas na tecnologia.
"Na Eitri, todos são vendedores: desde o time de produto e operações até engenheiros e desenvolvedores. Isso cria uma cultura em que todos entendem o contexto dos clientes, dos usuários finais, dos parceiros e das agências", destaca.
A Eitri agora mira a expansão nacional e internacional. A meta é consolidar sua plataforma como principal referência em tecnologia mobile até 2026 e alcançar grandes marcas fora do Brasil.
"Para o próximo ano, vejo a empresa mais preparada, em termos organizacionais, para buscar outros mercados fora do Brasil. As oportunidades existem e mantemos contato com algumas empresas do exterior, com as quais vemos muita aderência. O produto da Eitri já está internacionalizado", conclui Martins.